SNS

O que se imagina como ideal, fantástico, imaginário, “utópico, pois, claro. 

O Serviço Nacional de Saúde deveria assegurar o direito à saúde a todos os comuns mortais, mas, pelo que parece, há quem diga que o que o está a levar ao seu desfalecimento é a prestação de serviços, como alguns o apelidam de “cancro”. 

Estas afirmações são um enxovalhamento de quem sofreu com essa doença. São de igual modo o respeito, ou ausência dele, pelos muitos profissionais que dão o couro e o cabelo por de certa forma tentarem fazer o que está ao alcance deles. 

O SNS é só um dos (alguns) casos em Portugal que merece atenção e uma resolução por parte de quem decide. É também a suposta salvação de quem desespera por uma simples consulta, mas, quando se julga que quem decide poderá ter uma solução, eis que se deixa no ar uma criação para de um serviço similar, só que para apoiar os animais. 

Claramente que os animais merecem uma vida sem problemas e quem os tem não gosta de os ver sofrer. Contudo, pergunto: vão sujeitar os animais de companhia aos mesmos problemas que nós enfrentamos diariamente, quando necessitamos dos serviços de saúde? 

Eu comparo o Serviço Nacional de Saúde a uma simples Short Message Service, vulgarmente designada por SMS. Serviço que já poucos usam em virtude das suas pequenas capacidades e falhas, onde se usa cada vez mais a aplicação Whatsapp, mas que para isso há que ter plafond de Internet, garantindo o envio e entrega e permitindo ainda saber se quem está do outro lado atendeu realmente ao nosso pedido. 

Longe vai o tempo em que alguém dizia e acreditava “que o seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja remédio”.  

Share this article
Shareable URL
Prev Post

Viajar como se quer e como se pode

Next Post

A alma fica cheia, resplandece de uma luz encantadora…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

Read next

O velho pântano

Quando, em finais de 2001, António Guterres se demite do cargo de primeiro-ministro, alega que o faz para que o…

A Política de Errar

Os chefes de governo e de estado são figuras impossíveis. A ideia que se tem é que um líder trabalha 20 horas…