Nada impressiona mais um adulto que a inocência e a pureza das crianças. Ernest Hemingway disse: “De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?”
Mais mágico ainda, quando nos é proporcionado ver as coisas pela perspetiva dos miúdos. Um mundo distante dos preconceitos, sem malícias e onde não há maldade. Como quando lemos a obra ‘Mataram a Cotovia’ de Harper Lee e ficamos admirados com a pequena Scout nas suas aventuras, no meio dos conflitos do mundo adulto.
Roberto Gómez Bolaños foi um premiado ator, escritor e diretor mexicano, nascido em 1929 e que hoje, 28 de novembro, completa 4 anos de seu falecimento. Não é conhecido aqui na terra de Camões, mas é admirado por pessoas de diversas idades em toda a América Latina, onde é mais lembrado pelo nome de ‘Chespirito’, forma diminutiva em espanhol castelhano de Shakespeare. Os programas televisivos Chaves e Chapolin Colorado, gravados por ele na década de 70 até hoje são exibidos em toda a América.
Nos Estados Unidos da América, ainda é o programa humorístico mais assistido no canal de língua espanhola. No Brasil, já está há mais de 30 anos na programação diária de um canal de televisão aberta.
Programas que quase 50 anos depois ainda fazem rir e emocionar justamente por ser ingênuo, comparado a outros programas humorísticos como “o gordo e o magro” ou “os três patetas”.
Roberto Bolaños, em toda sua longa carreira, nunca precisou utilizar piadas preconceituosas ou com apelo sexual para fazer graça, muito pelo contrário, a genialidade está em nos fazer lembrar que temos um pouquinho daqueles personagens em nós, nos transportam para tempos de nossa vida, que independentes de nossa idade, ainda estão em nossa memória, simplesmente por serem nossas melhores recordações.
Se ficou curioso, indico ir ao Youtube e procurar pelos episódios da Turma do Chaves e Chapolin Colorado.