Há uns anos deixei (aquilo que é commumente designado de) um ótimo emprego devido à pressão e ao stress. As exigências constantes e agenda drenavam-me e eu colapsei. Dar um passo atrás para observar os meus níveis de ansiedade foi a peça chave para escolher mudar.
Decidi tirar algum tempo para me re-equilibrar e avaliar o que era realmente importante. Era tão óbvio para mim na altura que o bem-estar deveria ser uma prioridade, não apenas para uma pessoa, mas também para uma corporação. Porque é que a nossa base não era assente neste princípio? Mal eu sabia que o mundo enfrentaria um desafio que iria moldar a forma como vemos a saúde na arena profissional.
Crise instiga mudança
Depois dos acontecimentos mundiais que a Humanidade atravessou e atravessa, investir em bem-estar tornou-se uma parte substancial do sucesso e progresso de qualquer negócio. A epidemia gigante que o mundo enfrentou mostrou-nos a importância de implementar hábitos de saúde no escritório e o papel vital da saúde mental.
Agora, mais do que nunca, há uma chamada para líderes que incorporem hábitos de saúde, estabelecendo dessa forma o exemplo que guia as suas equipas e redesenhando o modelo do sucesso, onde a saúde é encarada como parte integrante do negócio.
“Às vezes recai sobre uma geração ser grandiosa, vocês podem ser essa grande geração, deixam a vossa grandeza desabrochar.”
– Nelson Mandela
As duas razões chave pelas quais o bem-estar faz com que os negócios prosperem são:
1 — Pessoas saudáveis e felizes são mais produtivas, criativas e focadas.
Alimentar hábitos saudáveis gera pessoas saudáveis e estar saudável nutre a felicidade. Pessoas sãs são naturalmente felizes! E também funciona de forma inversa: pessoas felizes sentem-se sãs! Ambos estes aspetos se influenciam mutuamente e as investigações científicas das últimas décadas no campo da física quântica e da epigenética indicam que a resposta do sistema imunitário é mais forte em pessoas felizes, sendo que as mesmas também apresentam maior clareza mental e capacidade de foco.
A razão subjacente é que o organismo não necessita de desperdiçar energia a combater estados de baixa frequência vibracional, tais como ira, ansiedade ou medo. Livre destes estados, o corpo já não precisa de agir sob o modo “lutar ou fugir” e é, assim, capaz de focar-se melhor, afinar a memória e oferecer soluções criativas aos desafios, alimentado assim a inovação.
2 — Pessoas saudáveis e felizes criam e alimentam parcerias duradouras.
Quando as pessoas estão felizes não só fazem melhor (e de forma mais eficiente), como também querem estar no seu melhor. Já não é tanto sobre o que se está a fazer, mas mais sobre o que se está a ser. E a partir desse ponto, estão mais interessadas em se conectarem verdadeiramente com os outros, trabalhando em conjunto na direção de objetivos comuns. Esta é a base de parcerias duradouras e laços comunitários fortes.
Assim, em vez de o trabalho ser um lugar onde as pessoas vão trabalhar, torna-se um espaço onde todos se unem como uma força criadora, onde cada pessoa sente que tem a oportunidade de contribuir para a sua própria evolução como ser humano e, consequentemente, para a expansão do negócio.
“Se todos estiverem a mover-se em frente, então o sucesso cuida de si próprio.”
– Henry Ford
Caminhar em frente em conjunto significa prosperar como um. Como corpo, como mente, como indivíduo, como equipa, como empresa: tudo está interligado. Somos a soma de tudo o que fazemos, tal como um negócio é um organismo vivo que corresponde à soma de todas as suas partes. Por isso, investir em saúde tem um impacto severo no bem-estar financeiro da empresa. Afinal que líder é que não quer ter colaboradores felizes saudáveis produtivos a trabalhar em conjunto? Equipa de sonho, certo?
Dar prioridade ao bem-estar é um investimento individual e corporativo que tem como resultado o sucesso pessoal e negocial.