Ao Natal (e às festas que se seguem) associo as emoções de esperança e alegria mas também de serenidade e relaxamento (difícil de acreditar, hein?).
Confesso que cá em casa começamos a preparar-nos para esta época bastante cedo: em Outubro definimos as cores para a árvore e a partir daí as decorações e os enfeites são “alinhavados” e comprado o que falta. Aproveitamos para comprar também algumas das prendas para os miúdos e é isso que torna o Natal relaxante (não há stress de última hora). Em meados de Novembro pensamos em como poderemos fazer o presépio, localizações e na montagem do calendário do Advento – embora no calendário religioso o Advento comece 4 domingos antes do Natal – a nossa contagem decrescente “OFICIAL” começa no dia 1 de Dezembro, que é o dia que montamos a árvore de natal. Sim, parece demasiado controlado, mas com duas crianças com menos de 8 anos cá em casa, esta é a maneira – que de momento funciona – dos miúdos e graúdos controlarem o anseio do natal e não, não é só pelas prendas pois, o importante é ficarmos com mais tempo livre para usufruir e viver aquilo que o Natal é para nós.
E sim, acredito que esta época pode ser o momento perfeito para acreditar na magia – adoro a ideia do pai Natal – e de acreditar que pelo menos num dia do ano existe a possibilidade de que tudo vai ser como devia devia.
Reconheço que esta é uma atitude para se ter o ano inteiro, mas no Natal existe um gostinho especial no ar já que esta altura é como se fosse um fim que vem mesmo antes de um grande recomeço. Talvez seja por estar tão perto do ano novo, tenho sempre esperança que as pessoas vão encontrar aquilo que procuraram todo o ano para poderem fazer um “reset” e recomeçarem de novo de um lugar melhor. Por esta altura há todo um potencial para acontecer um milagre – por mais simples que seja – que pode mudar a vida de alguém pela positiva. Quer queiramos ou não, estes dias têm um brilho diferente (para uns mais positivo que outros) e quando me refiro a um milagre, pode ser apenas uma inspiração, pode ser apenas um simples “sim” ou “não” que pode mudar tudo.
Contudo, esta época não é só isso.
Para nós é também fazer actividades em família, – daí criarmos o nosso próprio calendário do Advento – para além de fazermos a árvores juntos, também fazemos o presépio e temo-lo feito com a Playmobil (sim, é isso mesmo, fazemos o presépio com brinquedos) para que os miúdos possam interagir à vontade e que seja um processo dinâmico. Depois da casa decorada, nos dias de semana vamos alternando em actividades conjuntas simples e rápidas, que dá para fazer enquanto se está em movimento, por exemplo: decorar uma música de Natal, criar uma história para contarmos uns aos outros na consoada, ligar para alguém com quem não falamos há algum tempo, etc.. E para os fins-de-semana guardamos as que precisam de mais tempo como: artesanato/pinturas para presentear alguns membros da família, broas, bolachas, doces e biscoitos, escrever a carta ao Pai Natal, assistir a um filme familiar (antigo ou não) de natal, vermos as luzes que enfeitam a cidade e/ou comprar as flores naturais da época para completar a decoração e emprestar à casa os cheiros tradicionais. Também definimos, em família, o menu a ser degustado nos próximos tempos (normalmente os pratos favoritos de todos), as sobremesas (não temos ainda tradições fixas, mas temos preferências). Algumas destas actividades fazemos ao longo do ano, mas por esta altura – e já que é uma altura para ficar mais em casa – a duração da actividade em si, é maior. Em anos anteriores as festas escolares também estariam incluídas no nosso calendário no entanto, este ano essas actividades serão adaptadas.
E assim devagarinho, um dia de cada vez, vamos andando, pelo mês a dentro. O que queremos passar aos nossos filhos é que o Natal não é… ou não deve ser apenas um dia por ano em que se recebem prendas de um velhinho de barbas brancas que não conhecemos de lado nenhum. O Natal é uma experiência e, por isso, na prática, é aquilo que fazemos dele e tal como na maior parte das coisas da vida, o importante é viver os momentos a 100% e criar boas memórias, pois são essas memórias que vão ficar guardadas no coração dos que amamos, mesmo quando não pudermos estar mais aqui.
Festas Felizes!!!