A novidade é essencial na vida de cada um. E a antiguidade é quem somos, melhor ou pior. Somos feitos dela. Não é para todas as pessoas igual, não há regras para isso!
Novidade e antiguidade são dois elos da nossa estabilidade. A novidade é essencial na vida de cada grupo. Vivemos num misto de tempos entrecortados, multidimensionados e alicerçados no passado de que somos feitos, que carregamos pelo presente para o futuro que é novo. E as novidades vão-se tornando em antiguidades à medida que o tempo passa. É uma dinâmica em que cada um vive dando importância ao que quer, em cada momento. Cada um de nós é outro eu à medida que envelhecemos e ninguém fica mais novo; às vezes, temos gostos novos com que nos admiramos a nós próprios.
A vida é uma constante descoberta e assimilação de novidades; construindo novas camadas no eu já alicerçado. É um jogo engraçado entre novidade e antiguidade. Somos sempre nós, mas mudamos diariamente. As novas tecnologias vieram reconstruir mundos aqui e agora, cada uma muda tanto e os amigos mudam, também, muito; ganhamos e perdemos e construímos pessoas, bebés e futuros. Não esperamos muito, ela vem ter connosco constantemente, momento, dia, mês, ano, minuto e segundo, a cada instante. É natural e cada um a vive de forma igual, mas sempre original.
Não sinto que, nos últimos tempos, tenha evoluído de forma muito diferente. Que haja espaço para mais novidades e menos para antiguidades. Há alturas e épocas mais paradas do que outras. Horas, momentos. Somos mais controlados ou moldados nas gerações mais jovens e elas têm grande influência sobre os mais idosos, entre o passado e o futuro. Será sempre constante a diferença entre crianças, jovens, adultos, velhotes; mulheres e homens; zonas regionais onde vivam; empregos, interesses, corpos — se não há regras, há formas de estar maioritárias.
Ser aprende-se em cada espaço, a entrar no ritmo, a lidar com os residentes, a tornarmo-nos nativos de um local. Adaptarmo-nos a essas novas realidades é nosso desafio.