As redes sociais podem ser bastante viciantes. Quando damos por nós já postamos tudo sobre nós e revelamos alguns segredos que talvez não quiséssemos revelar.
O Instagram é uma das redes sociais mais usadas no que diz respeito à partilha de fotografias. Partilhamos tudo, desde selfies sorridentes a pratos de comida saborosos. A questão que se coloca, quando ponderamos acerca do que partilhamos numa rede social como o Instagram é “de que forma isso molda a imagem e a relação que temos com nós mesmos?”. A verdade é que, nas redes sociais, todos parecemos felizes. Todos temos a vida perfeita, comemos os melhores petiscos e visitamos os melhores lugares. Mas não será que por trás de cada fotografia existe um coração partido à procura de algo que o motive a continuar a bater? E no que diz respeito à comida, não será que a forma como construímos a relação Instagram-Comida pode ser prejudicial para a nossa saúde?
A verdade é que um prato bonito resulta sempre numa boa foto. Porém, a situação agrava-se quando a prioridade deixa de ser a comida e o que satisfaz o nosso corpo e passa a ser o prato ideal para a foto do instagram. Infelizmente, nem toda a gente consegue controlar o vício por esta (e tantas outras) rede social e há quem chegue mesmo a perder-se de uma forma quase assustadora. Assim, o Instagram acaba por tornar-se um meio capaz de influenciar a nossa alimentação e, consequentemente, a nossa saúde. Importam as fotos bonitas, os pratos mais saborosos e o número de likes que estes vão alcançar. E assim se esquecem as calorias, os açúcares, as proteínas e o quão prejudiciais se tornam para a nossa saúde. É como se estas pessoas se esquecessem delas mesmas em prol do que é mais benéfico para o “melhor instagram”.
Desta forma, é visível que não é fácil combater um vício. E um vício prejudicial à nossa saúde não é só o tabaco ou o álcool. Uma coisa tão simples como uma rede social pode causar graves danos no nosso corpo se não soubermos utilizá-la da melhor forma. E, pensando em tudo isto, a questão que fica no ar é “será justo condicionarmos aquilo que queremos ser em prol daquilo que uma rede social quer que sejamos?”