As aplicações de relacionamentos tiveram o seu “boom” durante a pandemia e continuam a bombar atualmente, pois é fácil e cómodo, se estás interessado, deslizas para a direita senão para a esquerda. Há aplicações para todos os gostos, desde aquelas em que as mulheres é que mandam (só elas podem iniciar a conversa) até aquelas em que só quem procura uma “one night stand” adere. Conheço algumas pessoas que iniciaram relacionamentos através destas aplicações que estão felizes. O que me deixa com a seguinte questão:
Será que sou a única que nunca teve um “date” romântico através de uma app de encontros?
Devo confessar que não sou uma usuária assídua destas aplicações, só as uso ocasionalmente por um período curto e arrependo-me logo a seguir.
Raramente, sou eu que começo a conversa e, durante a mesma, começo a ficar entediada (isto não quer dizer propriamente que a pessoa do outro lado é aborrecida), aquelas perguntas básicas do tipo: De onde és? Que idade tens? O que procuras aqui? É coisa para acabar com a minha paciência (o problema é que eu vou na onda e acabo por fazer as mesmas perguntas).
Contudo, a questão é, se eu não tenho pachorra para isto, porque é que continuo a usá-las (as apps)?
Descobri que existem duas possibilidades no meu caso:
- A primeira pode ser para tentar dar um boost na autoestima (atenção deve-se evitar fazer isto, pois pode ter o efeito reverso);
- A segunda é que eu até vou com vontade de conhecer alguém e tal, mas, no entretanto, o medo toma conta da situação e eu desisto (é uma coisa que tenho que trabalhar em mim mesma, sem dúvida).
Com certeza que existirão mais pessoas na mesma situação que eu e outras para quem será super fácil conectar-se e que já não lhes chegam os dedos das mãos para contar os encontros amorosos que já tiveram através das apps.
No entanto, nem tudo são rosas e eu sinto que apesar de ter ficado mais fácil conhecer novas pessoas através das “date apps” os relacionamentos tornaram-se mais solúveis. As pessoas desistem facilmente e não se empenham, talvez por haver sempre aquele pensamento de que se acabar (o relacionamento) pode sempre voltar à aplicação e fazer novo “match”.
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico.
