Letras no feminino: Louisa May Alcott

Meg, Jo, Beth e Amy, quem não se lembra da história destas quatro irmãs, durante a guerra civil americana? A autora deste romance juvenil, adaptado diversas vezes ao grande ecrã, nomeadamente em 1933, 1949 e 1994, nasceu a 29 de Novembro de 1832, em Germantown, nos Estados Unidos da América. Neste romance, Louisa May Alcott (1832-1888) inspira-se na sua infância e das suas três irmãs.

Louisa era a segunda filha do casal Amos Bronson Alcott e Abigail May. A primogénita chamava-se Anna e as duas mais novas Elizabeth e Abigail. Aos seis anos, Louise muda-se com a família para a cidade de Boston. Aí, o pai, pedagogo, abre uma escola e adere ao Transcendentalismo, um movimento filosófico cultural e espiritual. Quatro anos volvidos, a família muda novamente para uma casa de campo em Concord, Massachussets, onde permanece cerca de três anos, ao fim dos quais habita, por um breve período, Fruitland, Massachussets, uma comunidade Transcendentalista, acabando por se mudar definitivamente para Concord.

A sua educação formal foi-lhe dada, sobretudo, pelo pai, bem como por alguns amigos da família, com os quais conviveu: Ralph Waldo Emerson, Margaret Fuller, Nathaniel Hawthorne e Henry David Thoreau.

Devido à má situaçao económica da família, Louisa viu-se obrigada a trabalhar desde muito cedo, como professora, costureira (como as suas irmãs), governanta e mesmo empregada doméstica, escrevendo em simultâneo. O seu primeiro livro, Flower Fables (1849), era composto de um conjunto de contos. Advogou ideais feministas e sufragistas, bem como abolocionistas, publicando alguns artigos em periódicos, principalmente, a partir de 1860. Durante a Guerra de Secessão (1861-1865), viveu em Washington, trabalhando como enfermeira. Usando o pseudónimo A. M. Barnard, escreveu algumas novelas, mas foi com romances juvenis que adquiriu melhor recepção por parte dos críticos do seu tempo, nomeadamente com o romance Mulherzinhas, (1868), a semi-autobiográfico, aquele que viria a ser o primeiro de três livros da mesma saga sobre as irmãs March.

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Embora identificando-se com a personagem Jo destes romances, ao contrário desta, Louisa nunca casa. Continuou a escrever até à sua morte, motivada por um AVC, em 1888, quando contava apenas 55 anos, dois dias após a morte do pai.

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