Há já nove meses que a cidade minhota de Guimarães partilha com a metrópole eslovena de Maribor o privilégio de figurar na lista das Capitais Europeias da Cultura. Esta é a terceira vez que o território luso é palco da iniciativa da União Europeia que, neste ano de 2012, comemora 27 anos a celebrar a cultura europeia.
Com actividades para todas as idades e públicos, dentro e fora de quatro paredes, desde a música ao teatro, passando pelas artes plásticas e pelo cinema, a ‘Cidade Berço’ tem granjeado as dezenas de milhar de visitantes que por lá já se fizeram passear com celebrações culturais inéditas, irreverentes e originais.
O desempenho da orquestra “Operação Big Bang”, a maior composição instrumental alguma vez criada em território português, foi a última grande atracção na cidade do minho. Composta por mais de 300 músicos de várias nacionalidades, a orquestra uniu o amadorismo ao traquejo dos músicos mais experientes. Ao espectáculo de música assistiram cerca de 5 mil curiosos, que abandonaram o recinto a trautear as orquestrais proclamações a Guimarães.
Apesar da cidade vimaranense, que este ano se juntou a Lisboa e ao Porto no rol de Capitais Europeias da Cultura, reunir o consenso de uma crítica positiva à forma como decorre a promoção cultural, o mesmo não pode ser dito quanto à gestão financeira dos fundos comunitários.

João Serra, presidente da Guimarães 2012, justificou a inércia dos devidos pagamentos com a falta de movimento monetário por parte do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), que estaria em atraso na reposição de verbas para os cofres da Capital Europeia da Cultura, admitiu em Agosto João Serra. Por esta altura, a organização já garantiu que a tesouraria está agora em condições de liquidar todas as dívidas contraídas, de agora em diante devendo igualmente pagar aos fornecedores e criadores em tempo útil.
Polémicas à parte, as celebrações prolongar-se-ão até Dezembro, conforme é apanágio da iniciativa da União Europeia. Ao promover durante o período de um ano as metrópoles europeias a Capitais da Cultura, dá-se primazia à homogeneização do conhecimento cultural da Europa a 27.
Parabéns!Boa formação, escrita e interpretação da realidade (nem sempre agradável do país actual).
Obrigada pelo comentário, Né! Vale a pena celebrar o que Portugal tem de tão bom para oferecer, sem perder a capacidade de reflectir sobre o que está proporcionalmente mal.