É o que podemos dizer da violência neste meu/nosso Portugal. Não me refiro ao geral, mas, sim, aos tumultos ocorridos, em vários locais da zona lisboeta, capital do país de Camões.
Analisando o que poderá ter despoletado, não há muito a esmiuçar. Faleceu um transeunte às mãos de um agente da polícia. O que terá originado a reação da autoridade? Não vamos tapar o sol com a peneira e muito menos dizer que a vítima terá sido violenta, mas também não vamos atacar as autoridades que zelam diariamente pela prática da democracia. Uma maçã não faz um pomar.
O que me dá que pensar é a ação de manifestação, nomeadamente a destruição de bens e o propagar da escalada de violência pelas ruas. Sim, tudo está relacionado. O Bairro do Zambujal (e não só) decidiu adotar alguns movimentos sucedidos na capital francesa.
As associações e demasiados movimentos alegam racismo e excesso de zelo profissional e eu pergunto: O que alegam estes movimentos e associações às vítimas destes manifestantes? Vítimas feridas de esfaqueamento, entre outras agressões, sem esquecer, claro, os agentes da polícia feridos.
E os lesados, mais precisamente os proprietários dos veículos incendiados, alvo da ira de alguns manifestantes? Veículos particulares incendiados, caixotes do lixo também atingidos pelas chamas e, imaginem só, viaturas policiais atingidas com pedras e tiros. Em que pais estamos nós? E não esquecer os veículos de utilidade pública, falo, pois, dos transportes de passageiros, como por exemplo, o autocarro conduzido por Tiago, que luta pela vida, após ser atingido por um cocktail molotov. Só mais uma vítima, mas que os movimentos não falam ou gritam em seu socorro.
Carlos Moedas afirma que o sentimento de insegurança aumenta em Lisboa. Em Lisboa? Então e o resto do país que vê ser aplicada como medida de coação, a proibição de utilizar um isqueiro. Parece uma chapada dada a cada cidadão de bem. Só mesmo o Bud Spencer para dar uma chapada tão seca e forte, capaz de abanar um sistema.
Vamos incendiar propriedade alheia e pronto. Saio em liberdade e sou proibido de usar isqueiros. Espetáculo de justiça!
Gostava realmente que, quem decide, percebesse que nestes atos de revolta há alguma premeditação. Há uma premeditação assumida e declarada sem qualquer pudor, como é o caso de moradores admitirem que fizeram uma emboscada à Polícia de Segurança Publica.
A violência é grátis e, em Portugal, o sistema governamental tem beneficiado muito para o estado deste país.
Sugiro que se tirem selfies, parece que atenua a coisa.
