Plitvička jezera, ou coloquialmente Plitvice, é um dos parques nacionais mais antigos da Croácia que integra os famosos Lagos de Plitvice, considerados um autêntico paraíso natural que tive o privilégio de conhecer, num verão, que diria quase canícula de tanto calor em meados de agosto de 2014.
Nesse verão, realizei um tour pela Croácia, percorrendo várias cidades conhecidas, entre elas: Split, Zadar, Zagreb e com destaque para a cidade icónica de Dubrovnik que é considerada um dos maiores fenómenos de turismo no mar adriático.
Plitvice foi declarado Património Mundial da UNESCO desde 1979, que concentra 16 lagos interligados por cascatas maravilhosas e envolvidas por uma floresta exuberante. Este parque é raro pela sua beleza que diria mais – uma preciosidade que atrai tantos viajantes de todo o mundo.
A paisagem tende a mudar conforme as estações do ano, se no verão temos as águas turquesas que espelham vida e um sol incandescente, no outono a paisagem veste-se de tons mais quentes de vermelho e de dourado. Por seu lado, no inverno as cascatas congelam e transformam-se em esculturas de gelo.
Eu estive neste paraíso no verão e posso adiantar-vos que foi a maior conexão com a natureza que senti até hoje. Foi uma explosão de cores que se traduziram na combinação do verde da floresta com o azul-turquesa dos lagos de uma água cristalina.
Considero o verão a melhor altura para visitar este local, único, embora as temperaturas sejam altas, a frescura dos lagos ajuda a suportar o sol intenso da estação e permitem tirarmos proveito de momentos fantásticos de fotografia para quem aprecia naturalmente, como é o meu caso.
A enorme biodiversidade do parque, que abriga uma grande variedade de flora e fauna, oferece um convite irresistível para qualquer amante da natureza. O parque oferece trilhos pedestres onde encontramos algumas aves raras e animais selvagens como: veados e linces, o que obedece a um percurso vigiado por guias locais.
Os Lagos de Plitvice são mais do que um destino – são uma experiência para os sentidos, e foi essa a conexão que senti no primeiro momento de contacto e que retive na memória até hoje. Este é o tipo de lugar que me faz querer regressar um dia.
Aliás, ainda tenho este destino na minha lista de viagens para voltar a fazer no futuro, sobretudo pela natureza que me atrai por uma beleza paradisíaca e pela tranquilidade.
O que torna este lugar tão único e apetecível para qualquer viajante:
- Convite ao sossego com as cascatas e o chilrear dos pássaros
- Pura conexão com a natureza
- Local ideal para praticar “mindfulness” – para quem aprecie esta prática de focar-se na respiração e deixar o momento fluir
- Isolamento para relaxar sem interrupções e outras distrações
- Caminhadas que estão assinaladas por trilhos próprios que permitem fazer pequenos percursos para uma suposta fuga
- Percursos de barco e apreciar a atmosfera. Recomendo o passeio de barco no lago principal, Kozjak.
É quase um deslizar (o barco não tem motor para não poluir as águas) enquanto observamos os reflexos das árvores – é quase terapêutico – como se o tempo abrandasse naquele instante.
A nossa mente consegue estar em meditação, conectando-se ao seu mais profundo eu interior, unidos por uma natureza bela, até quase selvagem, em que os ritmos acelerados das cidades modernas tendem a parar para dar lugar ao que apenas importa – o momento presente.
Os Lagos de Plitvice são mais do que um destino turístico que as palavras não conseguem descrever a sua imagética – são uma pausa para aqueles que buscam a beleza pura da natureza, para criar memórias eternas que se traduzem numa experiência transformadora.
Para quem, como eu, vive e respira a paixão por explorar o mundo, Plitvice é um destino imperdível!
“In every walk with nature, one receives far more than he seeks.” — John Muir
Nota: Este artigo foi escrito seguindo as regras do Antigo Acordo Ortográfico
