Face ao excessivo aumento da população mundial, enfrentam-se grandes desafios que, por sua vez, impulsionam a evolução das técnicas para preservação dos recursos naturais que, obviamente, começam a escassear.
Um dos principais reptos, acredito, prende-se com os recursos alimentares.
Urge solucionar o desequilíbrio entre a escassez de alimentos em alguns países do mundo, onde, em pleno século vinte e um, ainda se morre à fome e os restantes países, ditos “desenvolvidos”, onde são desperdiçados alimentos, seguindo uma política de consumismo excessivo.
É completamente absurdo e inadmissível a manutenção deste fosso no que se refere a um dos principais direitos humanos: o direito à alimentação que lhe sustenta a vida.
Enquanto vão surgindo diversas doenças devido à “supra” nutrição, em sequência do consumo exagerado de alimentos fast food e de alimentos processados, induzido pelo consumismo em excesso e ao estilo de vida atual, outros seres humanos vão definhando e contraindo outro tipo de doenças devido à subnutrição.
Porque não canalizar os fundos financeiros utilizados no fabrico de alimentos que chegam às prateleiras dos supermercados completamente alterados e sem valor nutricional para ajudar a resolver a fome e os que precisam urgentemente de comida?
Mesmo em países em que, supostamente, não há escassez, existe uma “fome” camuflada, pois o poder da inflação restringe a compra de alimentos benéficos para a saúde. Não se compreende que tanto se apele à saúde e à boa nutrição quando na realidade estes só são acessíveis para algumas bolsas.
Há toda uma diferenciação a resolver. Porque todos somos humanos e temos as mesmas necessidades e os mesmos direitos.
A suposta solução mais gritante para fazer face a este aumento exagerado da população mundial e consequente falta de recursos, prende-se com o cultivo dos alimentos transgénicos que, conduziu ao aumento de produção alimentar. Por outro lado, as consequências deste tipo de consumo poderão ser fatais a médio e a longo prazo na saúde.
A sustentabilidade dos sistemas produtivos alimentares seria fundamental para enfrentar os desafios globais e assegurar um futuro saudável com maior esperança de vida. Acresce outro problema – as alterações climáticas – outra das causas para o decréscimo da produção. Sobre este tema, haveria muito a desenvolver.
Perante este cenário, restam as seguintes questões:
Poderá este desequilíbrio contribuir para a seleção natural da espécie humana?
Existirão soluções para resolver este flagelo mundial? Ou poderá a própria Terra, através das suas movimentações cataclísmicas, resolver por si só este problema da sobrelotação mundial? Serão as guerras, as epidemias, a fome, necessárias para esta solução?
Prefiro crer que não. Quero acreditar que tudo tem um propósito, que tudo tem um plano maior para o equilíbrio deste magnífico planeta.
Nota: Este artigo foi escrito seguindo o Novo Acordo Ortográfico