E com o tremor, o que tremeu em ti?

Sismo ou terremoto já sabemos que a definição é um tremor e ocorre quando grandes pedaços rochosos são abruptamente deslocados. Terremotos podem acontecer devido a “falhas” na crosta terrestre, sendo que a sua intensidade e magnitude pode variar muito. Ok, a teoria é simples e clara, concordamos. Mas e na prática?

Isso podemos responder, pois aconteceu por cá em Lisboa, na última segunda-feira, dia 26 de agosto. E também percebido em todo Portugal, Espanha e até em Marrocos, dizem as notícias.

Que já sabíamos que isso podia acontecer em qualquer momento? Sim, sabíamos. Estudiosos sobre o tema explicam nem é “se vai acontecer” e sim, “quando vai acontecer” (medo).  Mas com tudo isso tão recente, o questionamento – para mim e para todos – é: Sentiu algo sacudir em você? Não fisicamente falando. Digo por dentro, na mente. Nos pensamentos. Sobre sentimentos.

Pensar no que poderia ter acontecido, como poderia ter tudo ficado, o que teria restado?

Quando algo assim mais impactante acontece, seja doença, acidentes, incidentes ou surpresas não tão agradáveis nos fazem parar e pensar.  Como a pergunta, na letra da música de Ney Matogrosso: “Meu amor, o que você faria se só te restasse um dia? Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria…”

E você, o que você faria?

Por muitas vezes, perdemos tempo com coisas pequenas e irrelevantes. Nos estressamos por tão pouco, nos descabelamos por menos ainda. Para que? Por que? No modo automático da vida, nem percebemos esses pormenores. Vamos agindo com rapidez, até de forma azeda e ranzinza.

Deixamos passar um beijo demorado, um abraço apertado, uma risada leve, uma caminhada sem horário ou uma fuga da rotina durante a semana.

Deixamos de arriscar em um novo curso, em um possível melhor emprego, uma viagem, uma declaração de amor, de casal, de amizade ou irmão. De família ou amigo, qualquer um merece saber o que se sente, o que pensamos, o que torcemos. Não é preciso o mundo acabar.

Que vire rotina.  Naturalmente declarado. O amor. Por que não? Levar tudo com mais leveza e gratidão.

A razão nem sempre precisa estar ao nosso lado. Agir por impulso, por vezes, pode resultar. Naquelas coisas que se pensarmos muito, nem fazemos. Precisamos da coragem. E lhe digo: as situações de medo nos fazem também mais corajosos. Nos fazem arriscar, “dar a cara à tapa” pode mesmo resultar!

Que passemos a levar a vida mais doce. E isso não é sobre ingerir calorias ou açúcar!

  Nota: Esse texto foi escrito seguindo as regras de português do Brasil

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