Qual nosso tempo na Terra?
Acho que essa ninguém, daqui, consegue responder. Diante de situações de risco ou perigo iminente, até podemos rapidamente pensar, mas… saber, não sabe.
Em conversa recente com uma pessoa conhecida, o tema me despertou, quando partilhou comigo uma experiência pessoal. Havia sofrido um mal súbito que resultou em um período em estado de coma, descrito na medicina como um estado de sono profundo do qual a pessoa não pode ser despertada, mesmo com estímulos dolorosos, sonoros ou visuais. Fica de olhos fechados e não tem nenhuma interação com o ambiente. E depois, quem desperta desse estado e relata o que sentiu, viu, ouviu… Quem explica?
São daquelas experiências que ninguém deseja ter, mas quem já vivenciou tem a prova de que, podem nem saber explicar, mas sabem como ninguém o que tiveram que passar.
Experiências espirituais? Quem sou eu para não crer. Lembranças essas, talvez, que podem ser interpretadas como reminiscências de vidas passadas, ligadas diretamente a verdades espirituais ou filosóficas, que justificam a reencarnação, memórias de vida passada. Provas ou certezas não há. São suposições, crenças e relatos de pessoas que afirmam ter lembranças de existências anteriores. E, porque não? Prepotência, arrisco dizer, de quem tudo pensa saber.
Mas do ponto de vista científico, esses fenómenos ainda são debatidos e não há consenso sobre sua origem, fazendo com que muitos desacreditem. Quem sabe mais? A vivência ou a ciência?
Medicina explica que o cérebro pode gerar sonho ou até alucinações à medida que se cura os danos e tenta reintegrar funções cognitivas, mas tanto as experiências durante e após o coma quanto as lembranças de outras vidas refletem a complexidade da consciência humana e o mistério que ainda envolve o funcionamento do cérebro e a perceção da realidade, passado e presente.
E a vida explica que nem tudo há de ter explicação. Simplesmente acontece. Simples. Complexo. Acontece.
Quem sabe o destino? De um encontro normal entre amigos, no meio de um jantar, há um desmaio, socorro, hospital. Coma, desacreditam. Estado vegetativo é uma probabilidade. Doação de órgãos, até cogitam. Negação. E que bom! Passou, já foi. Nova chance.
Ela reage, acorda e desperta. Não em 2024, pensava ser 1903. Afinal, ou alguns anos se passaram ou no subconsciente, ainda andava por outras vidas. O que importa? Ela voltou. Com a certeza que tinha que ser. Precisava – e precisa – viver. Crescer, aprender, espalhar experiência, textos, escritas, vivências. E que sorte a minha, de ter recebido essa partilha e mais uma vez perceber que é a vida a me dizer:
– Viva, cada dia; com qualidade. É sobre minimizar problemas, valorizar os detalhes e priorizar o que vale. O resto, é resto. Ninguém sabe. Portanto, a-pro-vei-ta. APROVEITA!
E isso não é invenção, nem texto para dar impressão. É relato real, da pessoa que me fez pensar, quando ao partilhar a experiência, demostrou confiança, sintonia e convicção. Que bom ouvir ou ler relatos assim, que provam cada vez que a vida precisa e deve ser vivida, com gratidão, intensidade, responsabilidade e por vezes, sem qualquer definição!
Os motivos, como acontece e se é real ou imaginação nem importam. Podem ser entendidos de várias maneiras, dependendo da perspetiva filosófica, religiosa ou pessoal de cada um. E o destino?
Se é algo predestinado que não pode ser alterado ou evitado. Isso sugere que, independentemente das nossas escolhas, certos acontecimentos são inevitáveis e fazem parte de um plano maior. Muitas tradições acreditam que o destino está nas mãos de um poder superior (como Deus, os deuses ou o universo). E os que acreditam que o ser humano tem liberdade para fazer suas próprias escolhas, criando o seu próprio caminho.
O destino pode ser um conjunto de oportunidades ou desafios que surgem ao longo da vida. Alguns acreditam que certas experiências ou encontros acontecem por uma razão maior. Outros veem como uma coincidência. Em qualquer uma dessas, o destino está frequentemente relacionado a, questões sobre controle, livre-arbítrio e escolhas. Por vezes, tema central nas histórias e reflexões sobre o significado da vida.
Independentemente de qual linha de pensamento seguir, que possamos aprender com as experiências que nos cercam, agradecer -seja lá qual crença tenhas – e seguir. Evoluindo, aprendendo, valorizando e respeitando. Porque daquilo que não passamos, não dominamos. Nos resta acreditar e observar que são nesses relatos que aprendemos. Não somos nada além de seres humanos, pequeninos, em crescimento, sem saber do amanhã e definitivamente, precisando valorizar o hoje. O agora. O já!
Despertar porque é preciso.
Sobrenatural. Quem explica?
Nota: Esse texto foi escrito seguindo as normas de português do Brasil.