Talvez se dê menos importância à mulher do que seja devido. Não só por serem maioritárias, mas também. Porque elas são as primeiras ideólogas no mundo. Primeiros focos de ação.
São fortes individualmente. Como grupo, talvez menos unidas, mas é da união se faz a força.
Elas ou eles? É uma discussão que vem desde que existem pessoas, homens e mulheres, é ancestral. Ela não é só cuidado, tem nela uma força que vai para lá do corpo e da razão.
Deveria não ser vista como menor, nem maior, ela é outra pessoa. Diferentes, sim, mas não só apenas dos homens, umas das outras. Se não tem mais músculos, tem outra abrangência. É quase natural como se impõe sem medo na alma, tem força, não musculada. É pena que só no Dia da Mulher, 8 de março, percebamos isso.
O género feminino é inspiração onde nós só, cada um, somos uma expiração. Nós e elas não estamos em luta. Um sem o outro somos pouco, limitados. Uns sem os outros, não importa o género, somos menores. Todos nós viemos, nascemos do corpo de uma mulher. A par disso, ela é que cria igualdades.
O homem apropriou-se do espaço público. Quando a mulher estava preocupada a cuidar dos futuros homens e mulheres. Quando há um homem, pai, que educa e faz o seu papel. É logo visto como uma pessoa cheia de qualidades. Não faz nada que uma mulher não esteja habituada a fazer desde sempre, sem louros. Muito melhor que deveria ser, quando não ultrapassa em nada das suas responsabilidades. Definidas quando escolhestes pôr uma criança no mundo.
Há uma luta de géneros e gerações anterior aos nascimentos. Só recentemente, a mulher ganhou um espaço envergonhado na política. E com menos à-vontade masculina, têm mais treino. Porquê? Porque há uma forma de ocupar o palco machista.
Ela é o lugar que se aprende a dar ao outro. Ela não será só qualidades e é incorreto traçar grupos, as mulheres serão todas diferentes…