Cá em casa, por muito que o frigorífico esteja vazio, há sempre iogurtes “fora do prazo”, dos sólidos e, maioritariamente, dos naturais.
O mais duradouro terá resistido no frigorífico pelo menos 6 meses após a data inscrita na tampa. Claro que passado umas semanas e, estando sempre a falar de 1 ou 2 unidades, não é uma questão de desatenção ou desorganização, mas sim de curiosidade cientifica de experienciar até quando estará comestível.
De acordo com as regras da ASAE, as rotulagens dos alimentos distinguem-se em:
A data de durabilidade Mínima, ou seja a data até que os alimentos conservam as suas propriedades específicas nas condições de conservação recomendadas no rótulo, apresentando-se na embalagem inscrições como, e mediante cada caso:
- Consumir de preferência antes de… Quando a data indica o dia
- Consumir de preferência antes do fim de… Nos outros casos
E existe a Data-limite de consumo, que é a data a partir da qual não se pode garantir que os géneros alimentícios perecíveis (em termos microbiológicos) estejam em condições de consumo seguro, apresentando-se na embalagem como:
- Consumir até…
Consultando a embalagem dos iogurtes, confirma-se que os iogurtes estão classificados como “Consumir até…”, pelo que, embora arrisque nestas experiências, apenas as faço com iogurtes sólidos naturais ou de aromas, cumprindo as indicações da embalagem a toda a restante variedade de iogurtes e produtos láteos.
O produto iogurte resulta sempre de uma fermentação láctica por ação de bactérias (Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus e Streptococcus thermophiles), ou seja, é constituído por milhões de bactérias, que quando em condicções ambientais adequadas, conseguêm reproduzir-se sendo o iogurte um “ser vivo”. E este “ser vivo” é a base dos iogurtes, sendo os sólidos naturais e os de aromas os menos processados dentro da gama dos processados (em que são adicionados aromas, corantes químicos e outros componentes aos milhões de batérias) e assim criadas as inumeras variantes que encontramos à venda.
Para os millennials, será vulgar o conhecimento empírico que os nossos familiares nos transmitiram, de que se a tampa não estiver empolada e a superfície do iogurte estiver lisa e uniforme e sem formação aparente de bolhas ou outras coisas menos bonitas, está comestível.
Teoria que eu testo insistentemente, até ao limite ou até ser o iogurte “fora do prazo” ser o único que há para o pequeno-almoço. E tem corrido bem!