Há uma mania de generalizar as coisas e criar estereótipos com base em ideias pré-concebidas que pouco ou nada se aproximam da realidade. É isso que muitas vezes acontece em relação aos millennials.
É verdade que somos uma das gerações – senão mesmo A geração – mais ligada às tecnologias. Praticamente não sabemos viver sem telemóvel e computador. Contudo, o contrário também acontece.
No meu primeiro ano de faculdade, por exemplo, toda a gente aderiu ao Facebook e eu não o fiz. No entanto, não fui a única a não seguir a “matilha”. Conheci um rapaz que durante os três anos da licenciatura nunca aderiu a esta rede social. Costumava vê-lo sempre com um livro debaixo do braço ou de headphones nos ouvidos, mas nunca agarrado ao telemóvel. E se vos disser que tenho um amigo que continua a usar um diskman? E somos todos millennials!
Hoje queria mostrar-vos o outro lado, porque não somos lineares e temos outros interesses para além das novas tecnologias. E decidi focar-me nos hábitos de leitura. Porque sim, os millennials também lêem.
Prova disso são os clubes do livro que têm vindo a surgir nos últimos meses. O Book Gang, criado pela escritora e blogger Helena Magalhães, surgiu com o objectivo de partilhar novas sugestões de leitura. No fundo, é uma comunidade que partilha a paixão que os une: os livros. O clube literário Um livro debaixo da Asa, da blogger Joana Clara, segue o mesmo propósito. A autora partilha sugestões de livros com os seguidores e todos os meses lança um novo tema. E, acreditem ou não, muitos deles são millennials.
Estes clubes literários são uma das razões para estarmos a ler cada vez mais, mas não são a única. Os livros ainda são relevantes para esta geração e vão continuar a sê-lo no futuro. Porque os millennials podem perceber de tecnologia melhor do que ninguém (ou quase), mas às vezes basta um bom livro para serem felizes.
Penso que os livros com o passar dos anos vão perdendo aderência, derivado a geração xxi querer a tecnologia ao revés de um bom livro.
Beijinhos
Os Piruças