Cancro: a importância de um diagnóstico rápido

Quando falamos de cancro sabemos que praticamente toda a gente tem ideia do que é, mas, na verdade, saberão mesmo do que se trata e tudo o que envolve esta doença oncológica?

Combater as doenças cancerígenas tem sido mais do que um verdadeiro desafio para os cientistas e cada vez que se fala em cancro, falamos obrigatoriamente em diagnóstico, pois quanto mais depressa for diagnosticada a doença, mais rapidamente começa a ser combatida. O cancro divide-se em várias patologias consoante a área que é afectada e consiste no desenvolvimento de células anormais no seu ADN, que se começam a multiplicar e a crescer de forma descontrolada. Entre muitos factores que devemos ter em conta quando falamos desta patologia oncológica, encontram-se: o que pode originar o cancro; os factores de risco; a prevenção da doença e principalmente, o diagnóstico desta.

Nos últimos tempos, houve uma evolução científica e tecnológica que nos permite encarar, hoje em dia, o combate ao cancro de uma forma mais positiva. A identificação precoce de tumores, a evolução dos medicamentos, a imunoterapia, os marcadores moleculares, a evolução da própria medicamentação e a cirurgia minimamente invasiva, permitiu que o diagnóstico e o combate à doença se tornasse esperançoso. Segundo o Dr.º Auro Del Giglio da Hcor:

A sobrevida de vários tipos de cancro aumentou muito com os novos tratamentos, de forma que alguns pacientes, agora podem ter os tumores controlados por longos períodos de tempo e com excelente qualidade de vida.

Existem muitos exames que podem ser feitos tendo em conta o tipo de cancro e que permitem que os médicos determinem o estádio em que a patologia se encontra. A aplicação de técnicas de diagnóstico varia conforme o tipo de cancro e, embora a luta contra esta doença não esteja ganha, as batalhas vão-se vencendo, através da redução do tempo de tratamento com as mesmas vantagens, mas com menos efeitos secundários e desenvolvendo novos tratamentos e apostando numa medicina em que cada doente é específico, pois, além de se tratar de tipos de cancro diferentes, a capacidade imunitária de cada doente, mesmo que tenha o mesmo tipo de cancro, é diferente.

O diagnóstico precoce é fundamental para que o cancro seja detectado numa fase inicial, pois assim o sucesso do seu tratamento pode aumentar e o impacto na vida do doente pode diminuir. O diagnóstico é sempre feito a partir de uma recolha de dados como: a idade; o historial médico do doente; o historial médico dos antecedentes familiares; os comportamentos de risco e outras informações. A biopsia é a única técnica certa de determinar se uma pessoa tem cancro. Este exame consiste na colheita de células e na sua avaliação microscópica. Os exames ao sangue, à urina e os exames de imagem (ecografia, raio-x, tomografia axial computorizada, ressonância magnética) também são exames frequentes. A mamografia para detectar o cancro da mama; o exame do papanicolau para detectar o cancro do colo do útero; a TAC torácica de baixa dosagem para diagnóstico precoce de cancro do pulmão em fumadores; o doseamento do PSA para diagnosticar o cancro da próstata; a colonoscopia para diagnóstico precoce do cólon e do recto; endoscopia para diagnosticar cancro do estômago. Não existem “melhores” técnicas de diagnóstico do cancro, existem sim as mais ou menos evasivas e as mais assertivas ou indicadas, como é o caso da biopsia.

Sendo o cancro uma doença complexa, é fundamental a importância do seu diagnóstico rápido e assertivo e, apesar de existir uma evolução científica, o cancro continua a ser uma doença que tem dado muita luta e que pode limitar muito a vida do doente e também dos seus familiares.

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