Os portões do Inferno estão abertos e Sabrina Spellman (Kiernan Shipka) tem apenas uma missão. Resgatar o seu namorado Nick do Inferno que ficou lá aprisionado com a alma do próprio Lúcifer. Depois do último episódio da segunda temporada da série da Netflix “As Arrepiantes Aventuras de Sabrina”, a jovem prometeu conseguir entrar no local mais temível, o Inferno, juntamente com os seus amigos: Harvey (Ross Lynch), Roz (Jaz Sinclair) e Theo (Lachlan Watson).
A viagem da protagonista é cada vez mais difícil. Entre escolher o caminho da luz da sua parte mortal ou o da escuridão da sua metade de bruxa. Sabrina Spellman divide-se num espectro de escolhas que a torna cada vez mais vulnerável, no entanto é persistente nas suas decisões e confronta o mal com a cabeça erguida. Numa primeira fase apenas deseja recuperar o namorado, Nick que é hospede para a alma do seu pai, Lúcifer. Evidentemente que vai existir um preço a pagar (existe sempre) e a felicidade ainda está longe de ser alcançada. Nesta terceira parte da série, temos uns novos vilões. Além da fragilidade da Igreja da Noite, pois sem o seu mestre e quase dizimada na temporada anterior, Sabrina é a legítima herdeira ao trono, e nomeia Lillith como regente. Contudo, para os demónios é demais uma jovem bruxa meia-mortal estar a governar e convencem Caliban (que é feito de barro) a protestar a coroa do Inferno. Mas não é a única ameaça. Um grupo de pagãos, instala-se em Greendale e atingem a Igreja da Noite, quando esta está mais sensível a ameaças, e sem poderes. Sabrina terá de multiplicar novamente as suas tarefas entre a terra e o inferno. Durante o dia é uma estudante normal e participa em treinos de cheerleading e durante a noite pratica o satanismo e magia negra.
Apesar de esta ser a temporada mais curta desta produção da Netflix, com apenas 8 episódios, a ação não é mais escassa. Cada episódio é uma roda viva de aventuras e não existem momentos parados. Por um lado, conhecemos um pouco mais sobre os rituais e poder das bruxas, e por outro existe um desenvolvimento maior das personagens. Para quem conhece a série Riverdale, já foi possível criar mais referências entre ambas as séries, pois pertencem ao mesmo universo. Talvez se aproxima um episódio crossover. Esta temporada modificou o seu ponto de vista e aborda um lado mais musical. Além das provas de cheerleading, o grupo de amigos, Harvey, Roz e Theo formaram uma banda. Por isso podem esperar por vários momentos musicais.

Houve um forte crescimento da protagonista nesta temporada, que, pela primeira vez, tem fortes ameaças contra si e contra a sua ceita. A produção conduziu bem o enredo onde conhecemos mais forças de poder além de Lúcifer Morningstar, representante da bruxaria satânica. Somos apresentados a uma bruxaria pagã que idolatram os antigos deuses e as suas magias místicas. Uma aquisição à série e que muito aguardávamos era o cenário do Inferno. Nesta terceira parte, os cenários assombrados de tortura e sofrimento são do melhor. O Pandemónio foi uma excelente representação de um local tenebroso mesmo ao estilo da série. O guarda-roupa das personagens foi pensado ao pormenor e por isso merece ser mencionado.
Posso adiantar que muito aconteceu durante esta temporada e as coisas vão-se tornar complicadas para todas as personagens. Mais, até foi interessante esta sensação de roleta russa com o destino de cada um. Percebemos que ninguém está a salvo, mesmo a nossa protagonista que além de lutar contra o Mal, tem ainda que defender o seu coração que vive os primeiros dilemas amorosos. Sabrina cresceu e a série também melhorou. Entretanto espera-se uma quarta temporada e, por isso, vamos saudar o Senhor das Trevas.