O amor verdadeiro é sempre, felizmente, ficcionado, é sempre uma invenção; amor é uma criação nossa que implica alguma interação com os outros.
O amor verdadeiro pode existir de inúmeras formas: num casal (heterossexual ou homossexual), pelos filhos. Num grupo de amigos, em famílias, pelo nosso interior, exterior, pela nossa escrita, trabalho, pelo nosso pensamento, pode ser narcísico ou altruísta.
As inúmeras dimensões de uma pessoa têm mais ou menos sombra, claras ou escuras, estão mais ou menos escondidas, podemos ter personalidades que só vêm ao de cima em sonhos ou ideias vagas camufladas.
Cada corpo, um de nós, é enorme, imenso.
Felizmente, porque nos podemos reinventar continuamente e encontrar sempre dias iguais com gestos diferentes ou dias diferentes com gestos iguais.
Felizmente, porque pomos/temos alguma magia, amor, ideias na nossa vida que é constantemente, reinventada, por Nós.
Alguma ficção e implica, no casal, seres correspondido, não nasce naturalmente, implica pelo menos, ou pelo mais, um parto e a relação que nasce e fortalece dessa relação.
Há tantas formas de relação como as que quiser a nossa criatividade e imaginação inventar, podemos ser imensos ou sempre iguais, banais.
Cuidar do futuro implica ter amor à partida por nós próprios.
A relação com os outros põe-nos, sempre, em causa por vermos formas diferentes de fazer e viver; não há duas pessoas iguais e, às vezes não somos iguais a nós próprios. Há tantas formas de ser como de viver e não há formas erradas.
Tudo na vida implica pores Amor e se a vida for Amor, antes de tudo nós somos essa constante descoberta da claridade e luminosidade para lá da sombra.