A vida começa e acaba no momento em que aceito ser quem sou.
A imaterialidade da vida, o essencial dela, obedece a desígnios (leis) que ultrapassam qualquer linha de entendimento. O essencial passa, portanto, por sermos felizes como um todo — colectivo e individual — sem motivo, através do qual a simplicidade dos acasos são o conforto da força maior a que chamamos destino.
O destino de um é só a inspiração para aprendermos a sonhar. Um sonhar acordado, um efeito (delírio) inevitável, através do qual conseguimos ser nós próprios e conquistar o (nosso) mundo. Mas não é fácil; não é fácil suster a respiração da vida, da alma, do temperamento, do que somos — e não digo que tenhamos, necessariamente, que o fazer, mas — a vida será sempre mais complexa (e nem por isso mais complicada) do que isso.
Uma vez aberta o portão da vida, através da janela da alma, não há volta a dar; haverão momentos de escuridão, de apatia, de resignação, de falta de empatia e amor próprio, mas nunca será, esse, o timing para baixar os braços e deixar a superficialidade do (nosso) Universo (interior) te levar por caminhos obscuros e incertos. A verdade é que necessitamos de procurar um sentido em nós mesmos, de ultrapassar as dificuldades e de, como se costuma dizer, ir à luta. E a verdade é que essa luta será, na maior parte dos casos, interior, humana: subtil na forma, mas poderosa em conteúdo. Há que ser audaz, não ter medo de agir, de ser… de mostrar autenticidade.
Todos os dias estamos a provar a nós mesmos que somos capazes de encarar o dia de amanhã. Todos os dias vamos ter cada vez mais medo do mundo, mas vamos estar, sem qualquer dúvida, alegremente preparados para ele: para as vicissitudes de um mundo que é, precisamente, o que tinha de ser.
Sonha com um final feliz.
Mereces.