Muitas pessoas fazem uma autorreflexão da sua vida numa determinada altura e reparam como podiam ter sido melhores, ter agido de outra maneira ou ter feito o que tanto desejavam, mas que os assustava demasiado. E a verdade é que, no final, todos os arrependimentos que surgem acabam por ser parecidos entre si.
Ao longo da vida, haverá sempre algo que, olhando para trás, teríamos feito de forma diferente. O que nos esquecemos é que não aprendemos tudo de uma vez. Ao longo da nossa existência e das experiências que vivemos vamos aprendendo coisas novas e percebendo certas verdades que antes não compreendíamos. E aceitar que essas aprendizagens vêm no momento certo faz com que percebamos que os arrependimentos não são mais do que lições para o futuro.
Contudo, aquilo que podemos perceber é que há arrependimentos semelhantes e constantes daqueles que já viveram mais do que nós ou que sofreram algo inesperado na sua vida.
Muitos lamentam não terem feito mais daquilo que lhes trazia a mais pura das felicidades ou terem-se preocupado demasiado com as coisas erradas. Não terem tomado as suas próprias decisões, baseando-se sempre no que os outros pensavam; viverem de aparências; terem trabalhado demais; não terem corrido riscos (ficando na sua zona de conforto); terem comparado demasiado a sua vida à dos outros, terem-se distraído dos seus objetivos e sonhos; não terem viajado o suficiente; não terem mostrado o que sentiam; não terem cuidado de si próprios; terem rejeitado oportunidades; ou, acima de tudo, terem deixado que o medo os impedisse de agir.
Porque, no final, vivemos sempre a pensar que temos tempo, adiando para o futuro, esquecendo que há muitas mudanças que, por mais pequenas que sejam, podem ser implementadas agora nas nossas vidas.
Apesar de não devermos deixar que os arrependimentos controlem a nossa vida nem existirem vidas perfeitas, há sempre algo a aprender com experiências passadas ou com os conselhos dos outros. Para não nos deixarmos dominar pela frustração devemos agir e aproveitar os conselhos que consideramos valiosos. E é tão gratificante perceber isso a tempo de mudarmos algumas das nossas atitudes. E estamos sempre a tempo, ainda que muitas vezes não pareça. A verdade é que não há vidas perfeitas, mas nunca é tarde demais para tornarmos a nossa vida o mais maravilhosa possível.