Por onde começar ao se falar de Stevie Wonder, é complicado escolher. Normalmente, fico entusiasmada, quando escrevo sobre cantores que marcaram e completaram a minha vida de alguma forma.
Stevland Hardaway Morris, conhecido como Stevie Wonder, é só o melhor músico, compositor e produtor musical Soul dos anos 60, conhecido também por ser um dos mais bem-sucedidos intérpretes dos géneros R&B, Funk e Jazz.
Stevie nasceu prematuro, o que fez com que as retinas dos seus olhos não se desenvolvessem totalmente deixando-o cego. Contudo, a deficiência não o impediu de seguir a sua verdadeira paixão, a música. Durante a infância, participou no coro da igreja, onde aprendeu a tocar diversos instrumentos e onde conquistou o seu o primeiro sucesso, que o acompanhou ao longo da sua carreira. Aos 13 anos, lançou o primeiro álbum de sucesso Fingertips, que vendeu mais de 100 milhões de discos… A sério, como não gostar de ouvir Stevie Wonder?
Na década de 90, decidiu lançar os álbuns Greatest Hits Vol. 1 e Vol. 2, uma compilação das suas música dos anos 60, e, em 2005, completou dez anos sem lançar nenhum álbum, porque se dedicava completamente aos esforços de caridade. Porém, em Novembro desse ano, lançou Um Tempo para Amar, onde relata as experiências vividas naquela época, reconhecimentos e homenagens que recebeu pelo seu maravilhoso trabalho.
Além do Grammy, foi homenageado por vários prémios, como o Music Awards, Billboard, BET e até um Óscar, com a indicação para melhor canção original do filme The Woman in Red.
Autor do Isn’t she lovely, que, para mim, é uma das melhores da sua carreira, a música faz parte do álbum Songs in the Key of Life e foi feita para celebrar o aniversário da sua filha Aisha.
Aqui temos mais um exemplo de superação, alguém que tinha tudo para desistir, cego de nascença, fez e continua a fazer maravilhas musicais. Só um bom apreciador para o reconhecer.
Com tudo o que temos vivido com esta pandemia, confinamento e desastres atrás de desastres, Stevie Wonder sentiu a vontade de se expressar da melhor forma que sabe fazer, que é, claro através da música. Aos 70 anos de idade, Stevie Wonder lançou duas músicas Where is our love song e Can´t put it in the hands of fate, sou suspeita para falar, mas deviam ir ouvir.
Stevie Wonder é só mais um de infinitos exemplos de como não é impossível nem proibido sonhar, não existe o sonhar demais ou demasiado alto. Tudo é possível, quando se acredita e se luta.
Só porque um homem não tem o uso dos olhos, não significa que ele não tenha visão.
– Stevie Wonder