“Você não vai despedaçar a minha alma.
Vou dizer para todo o mundo.
Acabei de apaixonar-me e de demitir-me.
Trabalho às nove e até depois das cinco.
Eles trabalham com os meus nervos e isso não me deixa dormir à noite.
Estou numa nova vibração.
Liberte sua raiva, liberte a sua mente, liberte o seu stress.
Liberte o amor, esqueça o resto.
Vou soltar o cabelo porque enlouqueci.
Bey voltou e agora durmo bem à noite
À procura do amor, perdemo-nos e encontramo-nos.
Procuro algo dentro de mim”
Isto são partes da letra de um tema de Beyoncé, “Break my Soul”, do novo álbum “Renaissance“.
Um hino poderoso que parece estar por trás de uma onda de demissões nos EUA. Em 2021 um milhão de Americanos despediram-se. Após os 2 anos de pandemia, o mercado de trabalho ficou diferente.
Beyoncé parece estar a cantar sobretudo para mulheres que ficaram esgotadas, que cuidaram dos filhos, da casa e ainda trabalharam em casa para as os seus empregadores.
Renaissance fala da frustração das pessoas trabalhadoras, dos baixos salários e das longas horas de trabalho.
A pandemia despertou a vontade de as pessoas serem os seus próprios chefes.
“Break my soul” é um sopro de vida em tempos tão estranhos. Nos EUA podem chegar a 10 milhões as vagas de emprego que ninguém quer ocupar. As pessoas dizem que não há salário que justifique viver uma vida que os adoece.
O tema de Beyoncé pode não ser um incentivo ao despedimento, mas apenas uma inspiração para que todos procurem fazer aquilo que os faz felizes.