Cinema

Soul

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Você já parou para pensar o que te completa? O que faz de você, você? As suas paixões? Seus interesses? Seus entes queridos? Não, este texto não tem a intenção de resolver questões existenciais, mas de fazer você refletir sobre propósito, e pensar no que te faz vibrar e sorrir.

Após assistir “Soul”, a animação da Disney-Pixar, algumas coisas farão sentido, outras nem tanto, mas facto é que vai fazer você refletir. “Soul” é uma aventura com alma, porque é uma história sobre paixão, conquista, determinação e amizade.

* CUIDADO COM SPOILERS *

Dirigido por Peter Docte, e produzido por Dana Murray, o filme nos leva a uma aventura pelas ruas de Nova York, em que a paixão pela música e uma grande oportunidade na carreira (aquela com que todos nós sonhamos) são interrompidas por um acidente, que separa alma e corpo, e leva o personagem Joe Gardner, interpretado por Jamie Foxx na versão norte-americana, a fazer a “passagem” para o outro lado da vida. Um local onde as almas se desenvolvem e ganham paixões antes de serem transportadas para o corpo de um recém-nascido.

Disposto a voltar à vida e ao mundo que nós conhecemos, Joe recebe a missão de treinar almas que precisam encontrar seus propósitos para ganharem vida, quando então conhece a alma “22”, interpretada por Tina Fey na versão norte-americana, e embarca numa jornada de troca e autoconhecimento.

A aproximação de Joe e “22”, uma alma que tem dificuldade de encontrar o seu propósito para nascer neste mundo, mas que tem a oportunidade de vivê-lo até se apaixonar, é onde o filme ganha o público e passa a fazer sentido.

Ao experimentar o sabor da pizza nova-iorquina, e sentir o vento que sopra e carrega uma folha, são suficientes para “22” encontrar a faísca que precisava para despertar para a vida.

O divertido personagem “Vento Lunar”, o bicho-grilo, é outro ponto positivo do filme. Ele “anda” pelos dois mundos e é daquelas pessoas com a alma elevada, capazes de se conectarem com o sobrenatural, e ajuda na conexão entre “22” e Joe.

Para nós, espectadores, o filme deixa uma mensagem sobre simplicidade e importância, em que analisamos nossas vivências e os momentos em que realmente encontramos a alegria e a felicidade. O fato de estarmos vivos, e agradecermos e valorizarmos o que a vida tem para nos oferecer.

Não é de hoje que a Pixar toca em temas complexos como este. Em “Dois Irmãos”, “Viva – A Vida é uma Festa” e “Divertidamente”, o estúdio também tocou mais fundo, com temas muito humanos e questionadores, e com Soul não é diferente. Contudo, há aqui um amadurecimento, e uma leveza para abordar o “sentido da vida”, e explorar até de uma forma mais divertida, a “vida após a morte”.

“Soul” está disponível no Disney+ (plus)

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do português do Brasil

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Maria Carolina Mello
Acho sempre difícil falar sobre mim porque a descrição vem sempre como um "rótulo": sou filha, mãe, esposa, jornalista, produtora audiovisual, assessora de imprensa. Mas o meu eu verdadeiro, aquele cheio de inspirações, e que me permite sonhar e almejar vai muito além dos rótulos. Sou mulher, uma força cheia de expressões e com intensidade nos sentimentos e ações. Acho que o "eu" e a minha descrição, na verdade, só são possíveis de se conhecer quando convivemos, quando expomos nossas cicatrizes e a nossa história. Então, deixo aqui o meu rótulo, e um pouco do que sou nos textos, porque a escrita tem essa vantagem, ela sempre revela um pouco sobre nós.

    Comments

    1. Maravilhoso. Tanto o filme como a descrição e o seu ponto de vista. Parabéns!

      1. Muito obrigada! Você é um grande incentivador, amigo, líder. Saudade!

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