Sim, é possível! Desacelera…

(Des)acelerar! Respirar – bem e fundo! (Des)comprimir! E (des)complicar!

No meio de tantos parêntesis, deve haver algum que nos fará sentido “deixar cair” e que se revele toda a palavra e a possamos desfrutar da melhor forma possível.

É a realidade nos dias de hoje. Tudo é a correr. Tudo é competição. Tudo é pressão. Tudo é tão vivido de forma alucinante, que nos esquecemos de parar! De desacelerar. De descomprimir e de descomplicar.

Amontoam-se tarefas, obrigações, prazos a cumprir e o tempo vai passando e o tempo vai voando. Num abrir e fechar de olhos.

Tempo esse, que deve ser aproveitado, por cada um de nós, da melhor forma possível. Claro está que todas as tarefas, obrigações e prazos se vão manter, mas há aquelas tarefas, obrigações e prazos que são “acessórios”. Que são dispensáveis. Que se analisarmos bem há, de facto, oportunidade e forma de fazermos tudo de forma mais descomplicada.

Começarmos por tomar consciência do que é realmente importante para nós. Definir as nossas prioridades (as nossas, não as que são definidas pelos outros para nós). E vivermos de forma mais honesta com nós próprios.

Sermos mais conscientes no dia-a-dia, sem aquela pressa “acessória” que nos faz acelerar porque estamos constantemente a pensar na tarefa seguinte. O relógio existe. Serve para todos nos regermos nas 24 horas que nos são disponibilizadas todos os dias. O que fazemos com essas 24 horas e a forma como lidamos com essas 24 horas são da nossa responsabilidade.

Os imprevistos vão acontecer, a pressa “acessória” vai-se manifestar, a pressão vai-se fazer sentir, mas depende de nós, aprendermos a lidar com isso. A apreciar o caminho que é feito diariamente. A respirar fundo. A agradecer. E a aceitar os imprevistos.

Olharmos para as coisas de forma diferente. Mais valorizada. Mais sentida. Com os 5 sentidos. Com a noção de que nada dura para sempre. De que aquilo que é hoje, amanhã pode não ser. Nada é garantido. Tudo se pode transformar a qualquer momento. E deixar passar para amanhã o que podemos sentir hoje, não deverá ser, de todo, opção.

Se no teu dia-a-dia, a rua por onde vais é sempre a mesma, desafia-te a perceber se realmente conheces essa rua. Se de olhos fechados a consegues descrever. Se sim, então, desafia-te a ir por uma rua diferente, que vai dar ao mesmo sítio.

Se no teu dia-a-dia começas o dia a pensar nas inúmeras tarefas que tens pela frente, desafia-te a acordar, a primeiro tomares consciência do teu corpo, das tuas emoções e a agradecer pelas 24 horas que tens pela frente e as quais podes usar para fazer mais uma página do livro da tua Vida.

Se no teu dia-a-dia acordas sempre rabugento e sem vontade, desafia-te a perceber o porquê. A perceber o que podes fazer para transformar esse teu acordar num acordar mais bem-disposto e agradecido. Desafia-te a mudar os teus hábitos, que estão de tal forma enraizados que não te permitem mais ter prazer e desfrutar desta caminhada que se chama Vida. Das páginas do livro que vais escrevendo a cada dia!

Desafia-te!

Torna-te mais consciente de ti e do que te rodeia. Desfruta das coisas mais simples. (Re)aprende a brincar, a rir, a ser criança de novo e a querer desfrutar de cada momento ao máximo.

Liberta-te!

De rotina e hábitos que já não te fazem sentido.

Reinventa-te!

Cada dia é uma nova oportunidade de fazer diferente.

Reflete!

Porque não? Porque não tentar? Porque não experimentar?

Dá o benefício da dúvida… E, no entretanto, vai experimentando e vivenciando. Vais ver que a Vida muda. Se torna mais leve. Mais fluída. E te mostra que és capaz. Capaz de encarar todas as dificuldades, como desafios. Todas as infelicidades em oportunidades de amadurecimento. E todas as dúvidas em aprendizagens. Que te mostram que em cada dia é possível viver mais desacelerado, mais contrito contigo próprio, com mais liberdade de seres quem és.

Aproveita os amigos, a família e até mesmo o teu animal de estimação. Eles existem hoje na tua Vida. Eles existem agora. Cuida, respeita, nutre. A eles e a ti.

Aproveita a natureza. O mar, o rio, o jardim, o campo e lembra-te, que é na simplicidade das coisas onde está a nossa maior riqueza.

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