Ser autêntico

Quando a informação a que temos acesso é quase infinita, torna-se difícil escolher entre o que ler, ou ver, ouvir, ou mesmo ser. É-nos pedido, cada vez mais, tanto no online como na vida do dia-a-dia, para nos destacamos dentro da multidão e características como a originalidade, a criatividade e mesmo a autenticidade são vistas como aquelas que nos levam ao sucesso.

Mas afinal o que é ser autêntico? O dicionário online Priberam apresenta uma definição bastante simples para o termo autenticidade: “qualidade do que é autêntico, verdadeiro”. O Dicionário Online de Português diz que a autenticidade é o “estado do que é genuíno; verdadeiro: autenticidade de uma obra de Picasso. Em que há pertinência; que possui legitimidade; legítimo e adequado”.

A psicóloga Malena Lede, no seu blogue, afirma que ser autêntico é ser quem realmente somos, de forma íntegra e sincera. Isso implica conhecermo-nos bem. Apesar de parecer fácil, a psicóloga defende ser difícil actuar com integridade num mundo onde a maioria quer ser parecido com os outros.

Por outro lado, Natasha Koifman, presidente da empresa de relações públicas canadiana NKPR, diz que ser autêntico é “estar realmente presente e conectado à vida de uma maneira honrosa. Estar comprometido com o processo contínuo de auto-descoberta honesta. É aquele genuíno estado em que tudo o que você pensa, diz e faz está harmoniosamente alinhado.” Também diz que ser autêntico é ser verdadeiro. “Com tanto ruído à nossa volta, especialmente das médias sociais, é fácil questionar suas decisões e até mesmo questionar a sua marca pessoal”. No entanto, acredita que a melhor maneira de lidar com os problemas e obstáculos é agir de forma verdadeira e autêntica.

A empresária acrescenta ainda que a autenticidade encoraja as pessoas. “Ela vem de um lugar honesto, onde não existe medo, só verdade. Centrar-se neste núcleo traz sensações de contentamento, um sentimento genuíno de paz. Você não sente mais medo nem inveja – você tem a coragem de tomar as decisões certas.”

Para além disso, defende que, quando alguém não vive de forma autêntica, “sofre os efeitos na auto-estima e na felicidade. É como uma peça que não se encaixa no quebra-cabeças; você não consegue montá-lo antes de encaixar as primeiras peças.”

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