Esta coisa do TPC faz lembrar o “tira a sorte” pela florzinha e vê lá que pétala te calha para perceber se isto é bem ou mal me quer.
Todos sabemos da importância dos estudos e de todos os benefícios que adquirir conhecimento proporciona. E aqui a pétala, unanimemente, diz-nos um bem-me-quer. Aprender é importante. Aprender faz bem à saúde. Aprender é uma necessidade. E a aprendizagem começa bem cedo. E, independentemente da forma de ensino escolhida, sabemos que aprendizagem é gradual. É, também, importante ressalvar que, a aprendizagem é inata em nós. O que aprendemos por nós e o que nos é ensinado por outros e que nos leva à evolução enquanto seres humanos. O método em si seria uma outra abordagem, o que daria um outro artigo e um excelente debate de opiniões.
Nós, aqui neste “cantinho à beira mar plantado”, somos bons em imensa coisa. Carregamos valores e tradições. Sabemos levar o nome do país além fronteiras, mas temos também uma necessidade latente de mudança. Que em alguns setores já se faz sentir, mas que na educação há urgência em revolucionar. Já existem escolas a tentar impulsionar esta mudança e quebrar muitos paradigmas, mas a força vem da união. E por aqui existe a necessidade disso.
As greves são muitas, as reivindicações também, mas precisamos de passar ao lado mais prático da questão. E importar novos métodos trazendo melhorias palpáveis. E quanto mais prazerosa for a aprendizagem, melhor será retida e apetecível de repetir.
Depois, vem a questão do tempo passado nas escolas. Que deverá ser equilibrado e harmonizado com o tempo passado com a família, em atividades prazerosas, em estar com os amigos e a passear. A verdade é que o tempo passado na escola é muito. E existe ainda a necessidade de o prolongar com esta questão dos TPC, porque levar os TPC para casa é trocar o tempo que deveria ser dedicado a outras coisas, com exercícios que remetem à aprendizagem que foi feita na escola. E, como o tempo não é elástico e só conseguimos fazer uma coisa de cada vez, neste caso a escolha (entenda-se forçada) passa pela realização dos TPC. A fim de não existirem recados nas “cadernetas” ou nos cadernos, de chamados de atenção (para não falar em ralhetes) na frente de todos os outros alunos e por aí fora.
Sobrecarrega-se e força-se a aprendizagem. Se não aprendeste aqui, vais aprender em casa. Assim, em casa não te esqueces da escola, mas na escola não precisas de te lembrar de casa, porque não levam exercícios de casa para fazer na escola. O que até seria um ótimo ponto de vista. E que tal apostarmos nisto? Hoje o menino ou a menina leva para a escola um exercício de casa! Uma dúvida, um desabafo, um problema, um livro ou até mesmo alguém. E agora? O tempo que se deveria estar atento a aprender, está-se a resolver exercícios de casa. Não faz mal. Isso dá equilíbrio às coisas. Porque todos carregam coisas de casa para a escola, mas lá é lá. E substituir as escolha em casa é mais simples. É só deixar de brincar, ou estar com a família e os amigos, ou até deixar de ir ao desporto escolhido. Fazem-se os TPC. E, no final, tira-se a pétala da flor e vê-se o que dá. Se é um bem ou mal me quer.