A lição de Brad Bird é positiva, numa aventura pelo espaço, tempo e outras dimensões.
Boa tentativa Disney. As expectativas para Tomorrowland previam-se como um dos melhores filmes do ano. Afinal partilhavam o ecrã George Clooney e Hugh Laurie, numa jornada colorida por mundos alternativos, dirigidos por Brad Bird presente em outros filmes da Disney como Ratatui (2007), Os Incríveis (2004) e Up – Altamente (2009). O filme assimila em si a mensagem principal dos estúdios “Se acreditarmos que é possível, tudo pode acontecer”. Fica a moral positiva, num filme que apenas cumpre os parâmetros médios.
No centro da aventura temos Casey Newton (Britt Robertson) uma jovem com personalidade otimista e curiosa, que adora tudo sobre o espaço. Casey foi escolhida pela robô Athena (Raffey Cassidy) para entrar num mundo completamente diferente do seu, chamado de Tomorrowland. Uma terra distinta onde apenas os sonhadores tem free-pass. O destino de ambas, cruza-se com o de Frank Walker (George Clooney), um homem que perdeu toda a esperança e que outrora fora um jovem inventor cheio de sonhos. Juntos terão de conseguir salvar os dois mundos, a terra real e o mundo alternativo.
Tomorrowland começa de forma lenta e apesar de ser um filme visualmente bonito, o enredo dispersa-se completamente, perdendo a confiança nas suas ações. Tive o privilégio em assistir ao filme em IMAX, o que facilitou na apreciação do detalhe das paisagens perfeccionistas da Terra do Amanhã. Os efeitos visuais, com as técnicas CGI foram impressionantes e tornaram-se no ponto alto do filme com situações futuristas dignas de “Regresso ao Futuro“. Valeu a pena só por aí. Quanto ao elenco, sustenta interpretações baixas. George Clooney e Hugh Laurie agem de forma imatura ás situações mais sérias. Provocando-se um ao outro de uma forma constante e infantil. Quanto a Britt Robertson é considerada como das atrizes revelação de 2015, mas com este filme não conseguiu mostrar a totalidade do seu talento.
Imaginação, otimismo e criatividade são os conceitos principais que o filme nos faz acreditar. Segundo a história, nas últimas décadas o ser humano deixou-se sucumbir ao pessimismo da vida, e concentra pensamentos negativos sobre tudo. Ora, tal derrotismo atraí situações más, como, desastres naturais, guerra, fome… Noutros tempos o futuro era esperado como algo cheio de expectativas e excitação. O que Tomorrowland pretende transmitir é que devemos sonhar e acreditar que tudo é possível. No entanto esperava ver mais sobre as “Terras do Amanhã“, algo que o filme não mostrou muito. Tomorrowland não correu como esperado nas bilheteiras, tornando-se num prejuízo para os estúdios. O secretismo no plot do filme não tornou-o nos dos filmes mais ambicionados de assistir, nem conseguiu chegar a ser um blockbuster de Verão.
Concluindo neste filme de fição cientifica, inspirado num numa atração do Parque da Disney, encanta as crianças mas não satisfaz os adultos. Um filme familiar em que apenas fica a mensagem positiva, mas talvez tenha sido esse o objectivo. Se assim foi, cumpriu com os requisitos.
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