Não existe qualquer dúvida, um relógio certo é bom, mas um relógio adiantado é muito melhor, opinião de alguns, pois, claro.
Após Portugal ser excluído da lista verde (decisão do Reino Unido), alguns turistas (vá, muitos até) decidiram rumar ao país de Sua Excelência Rainha Isabel II, antecipando a viagem de regresso, de forma a evitar a quarentena obrigatória para despistagem de infecção e proliferação do bicho papão nas terras de Sua Majestade.
E esta, hein? Os maganos são espertos! Onde na realidade, olhando para o passado, é possível constatar que não foram os primeiros a descobrir o caminho para a esperteza.
Poderia falar no conjunto de conquistas realizadas pelos portugueses onde fomos e somos de forma empírica “os tais” que descobriram o caminho para aqui e o trajecto para acolá, mas e, então, aqueles que a terem conhecimento da proibição entre concelhos, na altura da Páscoa, por exemplo, rumaram ao Algarve, entre outros destinos, horas antes das fronteiras fictícias serem colocadas.
Querem encontrar uma lacuna, atalho, falem com esta malta, que, para se esquivar, omitir ou ludibriar estamos cá para mostrar como se faz e dizer com quantos paus se faz uma canoa.
Observando um passado não muito longínquo, vimos um festival politico-cultural a ser realizado e a receber críticas, apupos e muitos aplausos. De parte a parte, a festa do avante foi severamente criticada por aqueles que viram os seus negócios afectados ou não contemplados com autorização para a sua realização. Haverá politica ou dedo de quem faz a legislação para garantir alguma autorização? Regalia, beneficio ou satisfação?!
Atendendo a tudo ou quase tudo ser cumprido na integra, existe algo que está contemplado na lei. Nada mais, nada menos, que o direito à reunião e à manifestação e é aqui que, por vezes, a porca torce o rabo.
Por exemplo, a manifestação, a tal dos manifestantes contra o uso da máscara? Estão recordados? Bonito exemplo no uso dos seus direitos.
Ora vejamos, temos humanos que se antecipam às datas para levar a sua avante, temos outros que conseguem exercer os seus direitos (os deveres não são para aqui chamados) e o que falta aqui mesmo? Será que existe sempre algo de político em tudo o que é descalabro?
Acho que a única coisa que correu verdadeiramente bem foi o uso das vacinas em pessoas que não eram prioritárias. Só pode! É que essas pessoas ao menos garantiram que não eram desperdiçadas doses e ambas as partes ficaram satisfeitas.
Existem o ler, o saber, bem como também existem os direitos e os deveres, sem esquecer o “desenrascar”.
Desenrascar, procurem no Google e vão constatar que somos pioneiros nessa arte.