De entre todas as coisas que aprendemos durante a formação enquanto seres humanos e o processo educativo desde a infância, ter esperança é, sem dúvida, uma das maiores determinantes para se acreditar em algo melhor.
Ter esperança é, como quem acende uma fogueira e sabe que ela não pode apagar-se. É alimentá-la em cada pequeno sopro, em cada pedacinho de lenha que lá colocamos. É ter uma crença inabalável de que o que almejamos pode vir a tornar-se realidade.
Tantas vezes nas voltas da vida somos tolhidos pelos medos e pelas incertezas, que outras tantas vezes, nos fazem recuar ou acomodar. Só a esperança, essa chama que arde, mesmo que em lume brando, nos faz avançar. Só a confiança de que algo bom pode acontecer deve guiar os nossos passos.
Ter esperança é ter a capacidade de sermos perseverantes quando tudo parece correr mal. É não dar a mão ao desespero. É não desanimar. É saber que, no final da linha, depois da travessia no deserto, somos capazes de encontrar o que tanto procurávamos.
Não é sempre cor-de-rosa este processo, muito pelo contrário. Pode ser bem penoso. Há situações para as quais não estamos preparados, nem tudo podemos controlar. E é, em situações que não dependem de nós, que o desânimo tende a tomar conta. Por isso, as mudanças são sempre tão assustadoras. Porque não conseguimos decifrar o que virá depois. Porque não sabemos se o que queremos no momento é, o melhor para nós. Ainda assim, acreditar.