Entre fugas ao fisco, operação Marquês, caso de Alcochete, passes quase gratuitos, greves, pobreza, hospitais em contentores. Assim, está a terminar mais um ano icónico em Portugal.
Em Abril, o Governo de António Costa concretizou o Programa de Apoio à Redução Tarifária, apenas direcionada para os sortudos das “grandes cidades” – a Invicta e a capital. Que sorte têm os seus habitantes por representarem tantos votos eleitorais! Mais uma vez, vivemos os fatores da centralização e regionalização, mas… Ainda bem que continuamos a ter a Web Summit em Lisboa com investimento de 20.000.000€.
A nível político não nos podemos esquecer do caso de Sócrates em fase de instrução, após ser acusado por 32 crimes. A seguir, mais um caso de corrupção, a “Operação Teia”, em que os acusados são o autarca da Câmara de Barcelos, de Santo Tirso, a sua mulher e o Presidente do IPO do Porto, que se podia preocupar com as crianças a serem tratadas em contentores, em vez de tráfico de influência política no PS. Mas… Ainda bem que as cidades continuam a investir milhões em decorações natalícias.
Como Portugal continua a viver para os 3 F’s, temos o caso de Alcochete, com 44 arguidos acusados por terrorismo. Mas… Ainda bem que continuamos a negar o salvamento de refugiados.
Continuamos com números exorbitantes de mortes por violência doméstica, idosos abandonados, centenas de sem abrigos, greves constantes. Mas… Ainda bem que os outros gostam tanto de nos visitar por um mês e nós aqui durante anos.