Hoje em dia fala-se muito no conceito de sociedade de informação, mas ter a informação e ter muita informação não se traduz em conhecimento efectivo.
O problema está nos media e na nossa capacidade de processar a informação. Hoje em dia parece que não existe espírito critico. Somos cada vez mais levados pela exorada de informação. Não existe algo construtivo.
Podemos ter muita informação, mas, se tivermos pouca capacidade critica, não vamos conseguir seleccionar e discernir a informação. Ou seja, uma visão acrítica da informação que absorvemos nas noticias, na Internet e na televisão sem uma capacidade critica torna-se mais fácil cair em noticias falsas e imparciais e o conhecimento acaba por ser limitado.
No meio da sociedade da informação, existe ainda outra questão importante é: liberdade de imprensa não significa falta de imparcialidade. Existe uma grande diferença entre opinião, noticia e a realidade. Uma coisa é a verdade outra é a nossa interpretação da mesma e a nossa opinião.
Os órgãos noticiosos devem noticiar e não deveriam ser boletins de propaganda politica, puxando a brasa só à sua sardinha e protegendo e omitindo outros. Ser imparcial é tratar da mesma forma, mesmo que concorde mais com um do que com outro. É ser um mediador e não um opinador não isento.
Liberdade de imprensa não é ataque a privacidade nem a liberdade individual. A liberdade de imprensa não significa especulação e devassa da vida privada. A isenção, a ética e a transparência e, claro, o bom senso não podem ser esquecidos. Vender noticias só por vender, para chamar a atenção ou chocar com títulos exagerados são apenas alguns truques.
Também existem bons exemplos, mas, actualmente, em Portugal o jornalismo de faca e alguidar é que deturpa e mina o conceito de liberdade de imprensa e de ética deontológica. E no meio deste reallity show de lobbies e interesses, quem perde somos nós, presos nesta lobotomia de valores fabricados e ilusionismo noticioso.
Já não há papeis do Panamá, mas temos o novo carro do Ronaldo, o futebol as noticias cor de rosa e o resto?
Repetem até à exaustão as mesmas notícias, dão ênfase ao que convém e o resto… Ups! Perdeu-se.
A liberdade de imprensa deve ser valorizada, mas não pode ser o cavalo de Tróia do mau jornalismo. Os tempos da censura já passaram e, por respeito e homenagem a todos os que lutaram por ela, não podemos deixar que a liberdade de imprensa se transforme em libertinagem de imprensa.