Jorge Mario Bergoglio, o Papa servo e pobre!

“Este sou eu: um pecador para o qual o Senhor voltou o seu olhar. E isto é aquilo que disse quando me perguntaram se aceitava a minha eleição para Pontífice. Então sussurra: Peccator sum, sed super misericordia et infinita patientia Domini nostri Jesu Christi, confusus et in spiritu penitentiae, accepto». (Sou pecador, mas confiado na misericórdia e paciência infinita de Nosso Senhor Jesus Cristo, confundido e em espírito de penitência, aceito). Assim se descreveu, para a revista jesuíta, Brotéria, Jorge Mario Bergoglio, o Papa eleito a 13 de Março, que escolheu o nome de um “homem da pobreza, um homem de serviço”: Francisco de Assis.

Sem os ornamentos e a vestimenta habitual, o Papa Francisco apresentou-se apenas de branco, espelhando a simplicidade e modéstia do seu carácter, com apenas um pedido para fazer aos fiéis que aguardavam pacientemente o anúncio do novo pastor: “Rezem por mim, para que seja abençoado”. Neste momento, a diferença ficou marcada. O mundo assistiu ao começo da mudança há tanto necessária para a maior religião do mundo, pela mão de um bispo argentino que é gente como a gente.

Alimentado pelo espírito da ordem dos jesuítas, uma congregação religiosa fundada em 1534, por um grupo de estudantes da Universidade de Paris, liderados pelo basco Íñigo López de Loyola, centrando o seu trabalho na área educacional e missionária, o Papa Francisco deixou logo evidente que no seu pontificado deseja que a Igreja volte às suas raízes: a missão da Igreja é servir os pobres e trabalhar para os pobres. Com atitudes de humildade e proximidade para com a comunidade dos católicos, quem se cruza com Jorge Mario Bergoglio se encanta pela humanidade que irradia.

Reconhecendo que a transformação é urgente no seio da Igreja católica, oJorge Mario Bergoglio, o Papa servo e pobre! novo Papa tem sido aclamado, por crentes e não crentes, pelas suas declarações vanguardistas e posições determinadas sobre os temas que dominam a ordem mundial. Temas como a homossexualidade, em que abertamente o Papa revela que a tolerância deve ser o caminho a seguir, pois “se uma pessoa é homossexual e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?” demonstram, embora alguns analistas o posicionem na ala conservadora da Igreja Católica, que o diálogo e a abertura são objectivos claros do seu pontificado.

Também a transparência e determinação em acabar com a corrupção dentro do Banco do Vaticano tem sido outra das questões mais presentes. Nomeando uma comissão de inquérito, constituída por cinco membros, a polícia italiana já fez detenções dentro do Vaticano, nomeadamente o Monsenhor Nunzio Scarano, membro da Cúria Romana e do organismo que gere os bens da Santa Sé, por crimes de lavagem de dinheiro.

Assim, em poucos meses do seu papado muito se tem feito para transformar e adaptar a Igreja às necessidades do mundo actual e consertar o que está mal no seio do Vaticano. Ao “ fim do mundo” foram buscar Jorge Mario Bergoglio, o 266º Papa da Igreja Católica, e ao mundo foi dado aquilo que precisava, um Papa servo e pobre.

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