Inteligência(s) Artificial – vamos ser substituídos?

Carros que voam, um cão robô, roupas que se vestem sozinhas, sapatos propulsores. Quem não se lembra dos Jetsons?

Criados na década de 60, imaginavam um futuro (pouco) distante dominado pela tecnologia. E nós, gaiatos de 80, vibrávamos com cada episódio, sonhávamos e queríamos aquele futuro, queríamos o Astro como animal de estimação e a Rosie para nos dar o almoço.

Depois veio o ano 2000 e na passagem de ano tremíamos com receio que o boom tecnológico recente desse o puff final, quando saísse dos mil nove e pouco, passasse aos loucos anos do milénio e passássemos a 00, perdendo tudo quanto era tecnológico?

Em 68, Kubrick levava-nos por uma odisseia no espaço, no longínquo ano 2001. Contudo, o ano 2001 passou, passaram mais 10, mais 5, e cá estamos em 2019 ainda com tanto espaço para explorar, com tanto oceano a conhecer.

A tecnologia sempre nos fascinou, a possibilidade de facilitismo pelo uso de robôs idem, o cinema e a literatura esmiuçaram até mais não a relação real/desejo/possibilidade. Falam-nos no espaço, nos filhos criados em laboratório, nos clones, nas máquinas que nos ajudam ao ponto de não sermos mais necessários, assustam-nos, amedrontam-nos… Mas será mesmo assim?

Desde que nos conhecemos como pessoas que temos um medo terrível do futuro, do que é novo. Olhamos com estranheza para tudo aquilo que não conhecemos até então. Porém, quem imaginaria há 30 anos que teríamos smartphones na mão ou a mandar um email? A tecnologia trouxe e continuará a trazer tantas vantagens que é quase impossível pensar num estagnar de evolução.

No entanto, mais do que mostrar que a inteligência artificial existe, os avanços tecnológicos demonstram que a inteligência humana está, ela também, em constante evolução, pois, por de trás de uma grande máquina, está também um grande cérebro humano.

Temos equipas fantásticas de cientistas, de investigadores, de criativos que procuram colocar toda esta IA a trabalhar connosco e para nós, sem substituir a mão humana. Afinal quem desliga e volta a ligar o PC, quando ele encrava?

Talvez (ainda) não viajemos num space car que cabe na mala e ainda tenhamos que cozinhar o nosso próprio almoço, mas quem sabe o dia de amanhã?

A melhor forma de prever o futuro é criá-lo.

– Alan Kay

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