“House of Hammer” – documentário

Sempre gostei do Armie Hammer pela questão mais fútil e óbvia de todas: é um homem lindo! Aparentemente perfeito quase como se tratasse de uma obra de arte! Para além da beleza, é bom actor, gostei de grande parte dos filmes que vi com ele e parece ser um tipo bem educado ou como diria a minha avó Maria: “é azadinho” (interpretem como entenderem).

Por isso, quando toda esta polémica começou com as acusações de assédio, não estranhei mas quis perceber até que ponto iria tudo isto. Seriam acusações motivadas por inveja? Algumas mulheres que desprezou? Ou homens? Enfim, como se costuma dizer “onde há fumo há fogo”, por isso quis assistir a este documentário para dissipar todas as dúvidas.

O documentário “House of Hammer” estreou no dia 2 de Setembro no Discovery + e expõe não só o lado mais sombrio do Armie Hammer como traz insights sobre a sua família, e ao que parece, desde do tetravô que deixa muito a desejar!

A tia do Armie já tinha levantado algumas questões sobre o comportamento dos homens da sua família e o documentário vem no seguimento das suspeitas levantadas pela própria e das acusações que foram tornadas públicas sobre o sobrinho, o Armie.

Isto de escrever sobre documentários, nem sempre é fácil, porque a tentação para desvendar o enredo é grande e isso iria estragar o efeito surpresa, para quem tiver curiosidade em vê-lo. Não restam grandes dúvidas que o comportamento do Armie Hammer é de uma pessoa desequilibrada e cheia de ele próprio, assumindo que nenhuma mulher ao cimo da terra alguma vez irá resistir aos seus encantos.

Não sei qual o racional destas pessoas que são figuras públicas, com uma exposição mediática galáctica que transcendente a sua própria existência, para acharem que podem enviar mensagens de cariz duvidoso sem que isso veja a luz do dia.

É verdade que têm direito à privacidade e ter algumas taras, sejam elas quais forem (desde que não sejam matar, violar ou maltratar outros) não são por si só crime, o problema é quando transcendem essa barreira para o ponto de supor que o outro se deve subjugar a elas.

Para além de ficarmos a conhecer a família Hammer, temos neste documentário  a clássica história que o dinheiro compra tudo, porque foi sempre essa a postura desta família e não no bom sentido! Os ricos e poderosos que podem tudo e saem sempre impunes.

A genética familiar pode ajudar a compreender muita coisa e até desculpar determinados comportamentos, no entanto, é algo que se pode modificar e ninguém naquela família, apesar de conscientes desta tendência procuraram rectificar. Em relação à postura de vida, é algo que se constrói e pode-se sempre moldar, percebe-se que nunca sequer esteve em ponderação corrigi-la.

No fim, o maravilhoso Armie Hammer não tem nada de bonito. Soa a um final de ciclo para os Hammers que sempre se posicionaram acima de tudo e todos, por serem multimilionários, e um fim de carreira para o actor.

Foto: Out.com “The Art of Seduction: Armie Hammer & the Hottest Movie of the Season”
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