Night Shift

Muitos podem pensar que “Night Shift” é apenas mais uma das muitas séries sobre médicos. Afinal no que respeita ao tema não faltam opções: “Anatomia de Grey“, “Serviço de Urgência“, “Dr. House” e até o recente “Code Black“,  são alguns exemplos. Logo à partida, a televisão encontra-se saturada de tramas hospitalares. Gabe Sachs e Jeff Judah, os produtores executivos da série afirmam que “Night Shift tem tudo, muita ação, drama e ainda muita comédia. É como se estivéssemos a ver ‘24‘ num hospital“. Facto que é bem verdade, durante todo o episódio a adrenalina é levada ao máximo, num estado caótico de urgências. Esta é uma série sobre um grupo de pessoas que trabalham no Hospital  San Antonio durante o turno da noite. TC Callahan (Eoin Macken) é um veterano de guerra do Afeganistão e é o melhor cirurgião. Os seus flashbacks de guerra relembram ao telespectador do seu passado complicado e da sua falta de paciência em seguir as regras convencionais da medicina. Tal facto, faz com que esteja sempre em conflito com Ragoza (Freddy Rodriguez) administrador do hospital. Jordan Alexander (Jill Flint) é ex-namorada de TC e também a sua chefe. Jordan ajudou imenso TC que sofreu de stress pós-traumático, mas apesar de terem terminado não significa que não possam ser amigos.

Depois de um começo desacertado e confuso, “Night Shift” conseguiu uma nova oportunidade. A segunda temporada apresentava-se mais calma e com um desenvolvimento mais convicto. Recuperou terreno numa época em que são poucas as séries que conseguem sobreviver muito tempo em exibição. A primeira temporada foi pequena (8 episódios) mas demasiado barulhenta, no sentido em que as várias personagens lutavam entre si para serem ouvidas. A algazarra era imensa, cada um atarefado onde o stress profissional e pessoal é evidente.

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Na segunda temporada conhecemos melhor as personagens e os seus desafios diários. Um dos pontos fulcrais da história é a luta constante de TC do pós-guerra, nunca superou a morte do irmão, que tal como ele também era militar. TC sente-se culpado pelo sucedido. Depois de ficar suspenso do hospital por não cumprir as regras, o médico volta a ter reconforto nos braços da ex-namorada que está noiva. Claramente que Jordan ainda tem sentimentos por TC, mas o seu desejo por uma relação estável é maior e por isso continua com Scott (Scott Wolf), também doutor e a trabalhar no mesmo hospital. Não podendo negar mais à atração um do outro, TC e Jordan beijam-se no calor do momento. E não foi só um beijo insignificante, no decorrer dos episódios percebemos que Jordan encontra-se grávida de TC, situação que a faz escolher passar a vida com ele. Entretanto no final da temporada devido a um derrame cerebral, Jordan perde o bebé. A série pode ter muito drama, como era de esperar de séries hospitalares, no entanto é contemplada com muito humor. Os estagiários Krista (Jeananne Goossen) e Paul (Robert Bailey Jr.) estão sempre preparados para a brincadeira. Com outras personagens de relevo temos o Dr. Topher (Ken Leung), melhor amigo de TC e o Dr. Drew (Brendan Fehr), que na minha opinião protagonizou um dos melhores momentos homossexual televisão.

A terceira temporada já foi confirmada e espera-se ainda mais emoção. “Night Shift” pode não ser ma série única e memorável mas é um ótimo entretenimento.

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