O metro, a CP, a Carris e a TAP tem greves marcadas para todo o mês de Maio. Os motivos e as formas de luta são as mais variadas.
Comecemos pelo metropolitano de Lisboa.
O Metro, a Carris e a Transtejo uniram-se e agora fazem parte de uma nova empresa, a Transportes de Lisboa. A greve de 28 de Abril não foi a única deste ano. Tem sido prática, nos últimos tempos que a paragem do Metro seja parcial e apenas nas primeiras horas do dia. Só que quando o Metro faz greve, o transito dentro da cidade de Lisboa e nos seus principais acessos torna-se num caos. O tempo médio de espera, em Alcântara, era de 20 minutos. Junto às paragens de autocarros as filas ultrapassavam as vinte pessoas e algumas desistiam de esperar por um autocarro que abrisse a porta e aventuravam-se a ir a pé até ao seu local de destino ou a dividir um táxi com outra pessoa. Apenas às 10 horas é que a circulação voltou ao normal. Só que a 12 de Maio o Metro vai voltar a parar das 6.30 às 10 da manhã. Dois dias depois será a vez da Carris. A 14 de Maio os trabalhadores vão fazer uma greve para contestarem a subconcessão. De fora ficaram os elevadores, os elétricos e os ascensores.
Será neste dia que termina a data de entrega das candidaturas. Os trabalhadores da Carris decidiram agendar uma nova greve de 24 horas. Esta foi uma decisão tomada por todos os sindicatos.
Logo no primeiro dia de Maio, o dia do trabalhador, a CP parou mesmo que o tribunal arbitral obrigue que existam 25% dos comboios regionais de longo curso a funcionar. O motivo é o feriado que iniciou um fim-de-semana prolongado. Esta paralisação ocorrerá durante todo o mês de Maio mas foi no dia do trabalhador que o impacto foi mais sentido. Os árbitros do conselho económico e social consideram que a falta do transporte coletivo ferroviário “penaliza, sobretudo, a população com menos recursos”. Quanto ao transporte ferroviário suburbano, o tribunal do CES entendeu que as necessidades de deslocação podiam ser asseguradas por outros transportes, como é o caso do transporte fluvial.
Por último a TAP. O caso da transportadora aérea portuguesa parece ser o mais greve. A greve será de 10 dias (de 1 a 10 de Maio) e o único voo diário que será realizado, pelo menos é o que é exigido por lei, tem destino a Madeira. 300 Mil pessoas tinham bilhete marcado para voar pela TAP e com esta paragem vão ter que gastar mais dinheiro. Estes têm direito a remarcar a viagem para uma data posterior ou pedir um voucher á companhia com o valor gasto. Um grupo de 140 pilotos é contra esta paragem que afirmam estar a “afundar ainda mais a empresa”. É de relembrar que a TAP é uma das empresas que o estado pretende privatizar. O governo diz que com estas greves o sindicato dos pilotos não “vai conseguir nada” e que a venda a capitais privados é para avançar.
Como “quem avisa amigo é” e senão quiser ser apanhado desprevenido, pode acompanhar as datas, atualizadas, das greves de cada um dos transportes em: https://hagreve.com/. Até lá faça boas viagens.