Dando horas com Pedro Madeira

Sendo um aceso defensor da língua portuguesa e da sua pátria, Pedro Madeira, em conversa connosco, contou-nos como o seu percurso musical evoluiu desde que representou Portugal no Festival da Canção Júnior. Contou-nos o porquê de cantar sempre em inglês e partilhou a sua vontade de continuar a encantar o seu público. Conheçam Pedro Madeira e o seu “Relógio”.

Quem és tu, de onde vens e como surgiu esta vontade de ser músico?

Eu sou alguém que acredita no talento e no trabalho. Tudo nasce de uma vontade inexplicável. Uma vontade que se foi construindo. Em pequeno só pensava no gozo que me dava. Mais tarde vi as coisas com outros olhos.

Como foi cantar no Festival da Canção Júnior?

Foi uma experiência única. Foi um momento perfeito para perceber que era isto que queria. Tudo tem um começo, o Festival da Canção Júnior da RTP foi o meu.

E representar Portugal na edição europeia?

Uma enorme responsabilidade. Todos sabem aquilo que Portugal representa para mim. Foi um momento muito especial.

Já gravaste quatro álbuns em que diferem uns dos outros?

São quatro álbuns que retratam etapas diferentes da minha vida. Eles variam principalmente nas temáticas. A sonoridade teve a sua evolução normal. Quando se começa cedo neste mundo há tendência para uma maior oscilação sonora nos primeiros trabalhos.

Sentes que cresceste juntamente com os teus projectos?

Sem dúvida. A evolução é constante. Construir uma carreira sólida leva muitos anos. Continuo a trabalhar para isso.

Tudo o que tens cantado é em português, continuarás a fazê-lo?

A minha carreira é uma carreira de música portuguesa. Assim continuará. Obviamente que nada me impede de fazer um ou outro tema noutro idioma.

No mundo que corre, é mais fácil cantar em inglês para chegar ao público internacional, mas achas que cantar em português valoriza ainda mais o teu trabalho e a importância que dás ao público nacional?

Eu não conheço nenhum artista português que a cantar em inglês tenha conseguido uma carreira internacional. Dessa forma, e como o meu público é português, continuarei a cantar em português e a defender a nossa cultura da melhor forma que puder.

A tua música já fez parte de uma banda sonora televisiva, já com algum sucesso, que projectos tens para o futuro?

Neste momento estou concentrado em promover os temas do meu novo trabalho “De Lisboa para ti”. Claro que tenho ideias em mente para o futuro. Mas tudo a seu tempo. (Risos)

Em que áreas gostarias que utilizassem a tua música?

Não tenho preferência. Não me importava se utilizassem em todas. (Risos)

Já te pediram para compores originais ou é sempre por tua vontade?

É sempre por minha vontade. Gosto quase tanto de compor como de cantar. Na minha cabeça só assim faz sentido.

Fala-nos do teu mais recente trabalho, “Relógio”.

O “Relógio” é um single que me deu muito gosto a preparar. Fizemos um trabalho muito rigoroso para que tanto o tema, como o videoclip, chegasse às pessoas com muita emoção. Acho que conseguimos.

Descreve a tua música numa palavra.

Uma palavra: verdadeira.

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