Grécia. Ucrânia. Estado Islâmico. Problemas actuais, discutidos diariamente pelos políticos de cada país. Todos opinam sobre estes assuntos, mas são poucos aqueles que realmente tentam encontrar uma resolução para os problemas. No entanto, há um nome presente quase sempre, quando se tenta encontrar uma solução: Angela Merkel.
A chanceler alemã está presente na maioria das discussões sobre o futuro de alguns destes problemas. O acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia neste último mês, as negociações com a Grécia e o seu novo governo, são os exemplos mais recentes.
Angela Merkel é vista por muitos como a porta-voz da Europa. Apesar de ter um papel importantíssimo na politica do seu próprio país, não podemos negar que ofusca alguns nomes de dirigentes da União Europeia. Não é um estatuto oficial, mas o seu nome tem cada vez mais peso tanto dentro da Europa, como a nível internacional. Quando o presidente dos Estados Unidos da América quer discutir algo com a Europa, normalmente é a chanceler alemã que também está presente, tal como acontece com o presidente da Rússia, por exemplo.
Contudo, desempenhar dois papéis ao mesmo tempo pode criar controvérsias. O que se espera da chanceler alemã na Alemanha pode entrar em choque com o que se espera dela na Europa, ou mesmo influenciar as decisões que toma. “O que será que a Merkel vai decidir?” É uma pergunta colocada constantemente, para se adivinhar o futuro da Europa.
Desfruta de uma grande popularidade no seu país, cerca de 58% da população gostava dela na altura das eleições de 2013, algo raro nos dias de hoje, quando falamos de actores políticos. Porém, não é de admirar, já que representa os interesses do país, que beneficiou não só com a União Europeia, mas também com o Euro e com a legislatura da UE. Tenta sempre conservar as conquistas económicas da Alemanha, o que também lhe dá cada vez maior poder político no país, mas também fora dele.
Tanto na Alemanha, como a nível internacional, à mulher mais influente no mundo, segundo a revista Forbes, são associadas características como conservadorismo, austeridade e liderança. Por isso e pressionada pelos partidos opositores, a chanceler tem que cumprir as promessas de “continuar no caminho do sucesso” que o governo da União Democrato-Cristã (CDU), partido da qual é líder, já tinha começado nos mandatos anteriores. A promessa de apostar mais forte nas políticas de apoio às famílias e à educação, mas também o compromisso de não subir os impostos.
Quanto a nível internacional, são vários os pontos sobre os quais a chanceler terá que pensar. Apesar do acordo de cessar-fogo na Ucrânia, este não foi respeitado e parece que a guerra continua. Será que haverá mais sanções para a Rússia? Espera-se que a chanceler seja firme, tal como sempre foi, nesta questão. Contudo, quando a economia do seu país também beneficia de um mercado gigantesco como o da Rússia, a questão torna-se mais difícil de resolver. No caso da Grécia, parece que ficou resolvido com o actual acordo de prolongar o empréstimo, tendo os gregos de ceder em muitos pontos.
É vista por muitos como a Rainha da Europa, ou o porta-voz deste continente. O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul chegou a afirmar que Angela Merkel é a mulher certa para as circunstâncias atuais e para “guiar a Alemanha e a Europa no momento de crise do euro”.
Sobre o artigo em questão gostaria de deuxar aqui os seguintes pontos:
. No dia em que a Sra. Merkel for a Chanceler da Europa será o dia em que a Europa como a conhecemos (livre e democrática( terá acabado. E será também sinal de que os Europeus não aprenderam absolutamente nada com a 1.ª e 2.ª Guerra Mundial;
A Sra. Merkel é uma Mulher de sucesso no seu País. Fora dele é vista como a agente política que em poucos anos colocou em estado de coima toda a construção Europeia que o seu antecessor se esforçou por preservar mesmo tendo estado contra os interesses do seu País em muitas matérias;
– Na Europa e no Mundo existem Mulheres de enorme sucesso e ás quais a Sra. Merkel nem consegue chegar-lhes aos calcanhares. Cristina Kirchner, Dilma Rousseff e Helle Thorning-Schmidt são somente alguns bons exemplos de Políticas que fizeram, e fazem, muito mais pelos seus Países e Mundo que ofuscam por completo o dito “sucesso” da Sra. Merkel;
– Quanto ao facto de a Sra. Merkel ser a representante e interlocutora da Europa no Mundo existe aqui um claro equivoco.
Primeiro há que dizer que por força do Tratado de Lisboa a França e a Alemanha passaram a ser os mais altos representantes da Europa no panorama internacional e isto tem sido posto em prática nos últimos tempos porque nas negociações dos Tratados de Minsk 1 e 2 (conflito Ucraniano) o Sr. François Hollande e a Sra. Merkel representaram a Europa nestas negociações perante o Presidente Russo Vladmiir Putin, o Presidente dos USA Barack Obama.e Porosenko Presidente da Ucrânia.
Para mais, por razões históricas e não só, mais depressa Washington tem contactos com Paris para debate de questões internacionais do que com Berlim. Berlim só tem surgido nos últimos tempos no discurso Norte-americano em forma de chamadas de atenção da parte da Administração Obama. E isto porque os Norte-americanos sabem muito bem que vão ao fundo se a Europa colapsar (já falta pouco para isto) por causa da Austeridade excessiva que tem enriquecido a Alemanha liderada pela Sra. Merkel.