Uma nova epidemia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) receia uma nova epidemia, à escala mundial, pouco tempo depois da epidemia do Ébola. Neste caso, o vírus Zika encontra-se no centro da atenção da organização, devido ao mais recente surto diagnosticado no Brasil, mas a OMS receia a propagação do vírus pela esmagadora maioria dos países da América. Para já.
Mas, afinal, o que é o Zika? É um vírus transmitido por uma família de mosquitos, os mesmos que podem transmitir o vírus da Dengue ou da Febre Amarela, que revela sintomas idênticos aos sintomas associados à gripe: alguns dias de febre, mialgias e conjuntivite, mas com ligeiras erupções cutâneas. Como ainda não existe forma de tratamento, a melhor arma contra o Zika é a prevenção. A OMS recomenda a utilização de repelentes para mosquitos, a utilização de roupas claras e um reforço das medidas de higiene. Contudo, o Zika não é um vírus desconhecido. Foi descoberto em humanos, pela primeira vez, na década de 50, no continente africano, onde já foram identificados vários surtos, em conjunto com algumas situações identificadas na América e na Ásia.
A presença recorrente do Zika nos serviços noticiosos é justificada devido aos avanços de estudos recentes. Aparentemente, os estudos revelam uma ligação entre as mães, portadores do vírus, e o diagnóstico de microcefalia nos seus recém-nascidos – situação do domínio da neurologia, que se traduz no tamanho menor do crânio e do cérebro do recém-nascido, quando comparado a outros recém-nascidos com tempo de vida idêntico. Ainda que o governo brasileiro assuma publicamente essa relação, a OMS descarta, para já, assumir essa relação, devido às diminutas evidências destes casos. Ainda assim, a OMS vai reunir, com carácter de urgência, com o objectivo de assumir o comando desta situação que ameaça tornar-se bastante gravosa.