Em tempos que já lá vão (há uma quadra de anos, confesso), a minha vida estava virada ao contrário. No literal significado. De tal forma, que percebi que a única maneira de vir ao de cima, era mergulhar cá dentro. Por mais doloroso que fosse, não havia outra maneira.
De forma meio desesperada, confesso, porque o avesso era tal que não conseguia falar com ninguém, lembrei-me de procurar o meu velho tablet (que carinhosamente apelido de “my precious”, coisa de nerds, como eu) e comecei a pesquisar no YouTube vídeos sobre meditação.
Pensei que talvez desta forma, olhando de frente para o que na altura não queria olhar, conseguisse ultrapassar o que me assolava e renascer.
Foi assim que um novo mundo se abriu para mim e ainda hoje, de forma meio autodidacta, vou pesquisando e estudando outras formas de me reinventar, relembrar coisas que valem a pena ou descobrir outras tantas ideias.
O desenvolvimento pessoal e o bem-estar estão, felizmente, em alta e não falta na Internet informação preciosa. Verdade que também se encontra muita parvoíce, mas julgo que vale bem a pena viver nesta era digital. À distância de nada, se pesquisa e encontra todo o tipo de informação, encontramos grupos onde se partilham as mesmas ideias e em milésimos de segundos a informação percorre o mundo inteiro. Para quem viveu o antes e o depois desta forma de viver é verdadeiramente extraordinário.
À parte se consegui meditar mesmo ou não (talvez seja pano para mangas de outras dissertações por aqui), o YouTube conseguiu abrir-me portas que antes não sabia que poderiam ter tamanha utilidade. Se calhar para alguns esta situação é banal. Para mim, foi crucial. De canais passei para práticas, livros a ler, informação a aplicar. Da mesma forma que tenho a montanha dos “livros a ler” no canto do armário (e sim, continuo a segurar-me para não continuar a comprar mais para juntar à pilha) tenho também a lista dos vídeos “para ver mais tarde”.
O desenvolvimento e o bem-estar são mesmo pessoais e cabe a cada um de nós dar-lhe a importância que achamos que lhe devemos dar. Para mim, com as vidas viradas do avesso ou não, devemos tentar sempre ser a nossa melhor versão. Aprender por aí. Ou simplesmente vermos banalidades que nos façam rir, em dias menos solarengos.
Independentemente da tralha que por aí há (sim, a malta tem de ser selectiva), temos de aproveitar o tanto que há de informação. Muitos canais não são portugueses (ainda), se calhar, uns tantos faltam-me descobrir, mas à laia de curiosidade deixo-vos abaixo uns quantos que talvez queiram espreitar. Ou rever. Por aqui continuo a navegar. A investigar e a arrumar tudo nas prateleiras certas.
– Infinite waters (diving deep)
– Nova Acrópole – Escola internacional de filosofia
– Porta dos Fundos
– TEDx talks
– MOVA
– Gabrielle Bernstein
– Bumba na fofinha
– Iniciativa Mindfulness
– O lugar
– Flavia Melissa
– Gisela Vallin
P.S. Se poderem, espreitem isto: “ Eu Maior”