Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.
– Joseph Pulitzer
Quando olhamos para os jornais e para os meios de comunicação percebemos que existem vários nomes e empresas que estão associados ao jornalismo que se produz, em Portugal e no mundo.
Conhecemos vários exemplos de jornais e televisões que são justamente o reflexo desta realidade, por exemplo em Portugal temos o Expresso, o Público, a CMTV, a SIC ou a TVI, no estrangeiro a Time, o The Guardian, a CNN ou mesmo a BBC que são por si só referências jornalísticas para o público para quem escrevem e/ou produzem televisão.
Naturalmente, a informação que apresentam, apesar de ser a mesma, é apresentada de modo diverso entre os pares, especialmente na força do seu nome e nomeadamente no tipo de jornalismo que concebem, porque cada um deles tem associado a si uma imagem de marca, e dependentes dessa imagem que se pretende promover aparecem as notícias que se produzem, na medida do que se deseja, e assim se vai adaptando a realidade do que acontece, ao modo como é redigido e à forma como é apresentado aos seus leitores.
Alguns destes meios de comunicação têm uma marca poderosa que dita o sucesso ou insucesso dos seus jornais, e que determina cegamente o tipo de jornalismo que se promove. Há meios de comunicação que falam por si, dá-se um nome e automaticamente o nosso interlocutor identifica o tipo de jornalismo de que estamos a falar, mas fará sentido falar-se em “tipo de jornalismo”? Não são os fundamentos teóricos da ciência jornalística os mesmos para todos os estudantes que depois serão profissionais de jornalismo?
Todos os portugueses conhecem o jornal Correio da Manhã e o jornal Expresso, por exemplo, e rapidamente se percebe a gigantesca diferença que separa estes dois jornais, quer nos temas que são apresentados e desenvolvidos, quer na forma como são produzidas e expostas as notícias que os mesmos apresentam. Mais do que uma ideologia que se pretende apresentar é uma imagem de marca que se defende.
A questão que se coloca é: de que forma é que um jornal se torna numa marca de referência e consegue delinear o seu caminho no universo jornalístico?
Primando pela veracidade dos temas apresentados, pela forma sóbria e reta da sua escrita, sem espaço para elações ou fantasias associadas aos acontecimentos que referem, e sobretudo pela seriedade dos jornalistas que desempenham funções neste órgão de comunicação.
Procurando abstrair-se de falsos sensacionalismos e principalmente com muito respeito por aqueles para quem escrevem. Apenas na base da seriedade se podem promover marcas no mundo informativo, apresentando-se como referência para o meio, quer seja nacional ou internacional.
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