Uma semana é composta por 7 dias, 168 horas, 604 800 segundos, 6 jornais diários nos 4 canais generalistas e uma infinidade de notícias que aparecem tanto online, como na imprensa escrita, na rádio e na televisão. No meio de tanta informação, há que saber separar o trigo do joio, o importante do acessório e o interessante do que deveria nem ter sido notícia. É disso que vive este espaço semanal que pretende destacar algumas notícias, factos, curiosidades, pormenores, que marcaram a nossa semana noticiosa.
Acima de tudo, pretende ser um espaço de discussão, onde espero que dêem uso aos vossos teclados e deixem a vossa opinião sobre os vários temas abordados fluir. Como diz sabiamente Heidi Klum, em Project Runway, “in fashion, sometimes you are in and sometimes you are out“. O mesmo é aplicado ao mundo que nos rodeia.
O que Tim Cook fez esta semana pareceu algo inevitável, pelo menos desde 2008, quando Owen Thomas sugeriu que o então chefe executivo da Apple era gay. Em 2011, a sua orientação sexual já fazia parte dos debates dos meios de comunicação da especialidade, chegando a ser nomeado pela revista Out como o homossexual com mais poder nos Estados Unidos da América. Desde que se tornou no CEO da Apple, Cook começou a ter afirmações públicas sobre a sua vida privada, falando nos direitos humanos e dando a cara contra a legislação anti-homossexualidade.
No entanto, nada nos poderia preparar para o choque que foi ver as palavras impressas a preto e branco. “Eu tenho orgulho em ser gay”, é o título do seu artigo na Bloomberg Businessweek e, ao ler o trabalho escrito que desenvolveu, é impossível não acreditar nele. “Considero que ser gay uma das muitas dádivas que Deus me deu”, escreveu em determinado momento. A semana passada, ele partilhou essa dádiva com o mundo, ao afirmar que tem orgulho em ser homossexual.
Assim que a notícia chegou à Internet, as redes sociais tiveram uma erupção de vozes a apoiar a sua atitude. Só que, em simultâneo, também surgiram vários comentários que pretendiam mudar os assuntos associados ao actual CEO da Apple, como era o caso do artigo “14 Factos sobre Tim Cook que são mais Interessantes do que a sua Orientação Sexual”. No Twitter, dezenas de pessoas questionavam qual era a razão de tanta atenção dada a este assunto e quando é se iria mudar de tema. Por outras palavras, o que se pretendia era que não se voltasse a falar sobre a sexualidade de Tim Cook.
Este tipo de reacções online e que, em alguns casos, aparenta ser uma forma de apoio à revelação feita, é na realidade uma demonstração de desconforto para com a ideia de existirem celebridades homossexuais. Aliás, este desconforto é ainda mais abrangente e está associado à sexualidade como um tema. Não é possível seguir mudar de assunto, no que toca à afirmação de Tim Cook, porque estas manifestações raramente são acompanhadas de motivações esclarecedoras sobre o que é que nos devemos de distanciar – de falar da nossa sexualidade, ou de apoiarmos uma pessoa que assume a sua homossexualidade? Se vivemos num mundo em que alguém tem medo de assumir o que é no seu local de trabalho, então, peço desculpa, mas é impossível de mudar de assunto, quando alguém como Tim Cook diz publicamente ter orgulho em ser gay.
A abrangência que a conquista do casamento de pessoas do mesmo sexo conseguiu, nos últimos anos, também permitiu que se eclipsasse a verdade de que ainda existem muitas pessoas, por serem homossexuais, correm riscos pessoais e profissionais. Nos EUA, por exemplo, existem 29 estados em que uma pessoa pode perder o emprego por fazer o mesmo que Tim Cook. Segundo um projecto online chamado Trevor Project, jovens lésbicas, gays e bissexuais têm quatro vezes mais propensão de cometerem suicídio, do que os jovens heterossexuais, e parece que foram estes factos, mais do que tudo, que fizeram com que Cook actuasse. “Se ao ouvirem que o CEO da Apple é gay pode ajudar alguém que esteja a ter dificuldade em aceitar quem é, ou irá trazer conforto para alguém que se sinta sozinho, ou inspirar as pessoas a continuar a lutar pela igualdade de direitos, então, vale a pena abrir mau da minha privacidade, para atingir isso”, escreveu Tim Cook no seu artigo.
É neste acto que se encontra o ponto interessante. Uma coisa é um meio de comunicação, ou um blogue relatar que o CEO de uma das companhias norte-americanas mais valiosas no mundo inteiro. Outra coisa é um homem decidir pegar numa folha de papel, ou num microfone, com confiança e elegância, e afirmar a sua sexualidade, através da sua própria voz. Todos sabíamos que ele era gay, mas não sabíamos o que isso lhe significava, nem o que iria fazer com esse facto, tendo em conta que vivemos numa era em que ser homossexual é um acto político e social. Ainda existem muitos jovens que ainda não se aceitam como são, que se sentem sozinhos e que necessitam de alguém que lhes indique o caminho que deveriam seguir. Para muitos, os únicos homossexuais que conhecem são aqueles que aparecem na televisão e no cinema, com os quais, muitas vezes, não se identificam, necessitando de alguém confiante em si mesmo, poderoso e que saiba ser um verdadeiro líder, para serem o modelo de pessoa que os ensina a aceitarem-se como são.
É possível que, no futuro, ouçamos alguém dizer que o artigo de Tim Cook as ajudou a ultrapassar um momento difícil e sensível na sua vida. Portanto, se existirem pessoas que preferem mudar de assunto, podem fazê-lo e podem falar da forma como gere a Apple, mas, para mim, esta semana ele tornou-se num exemplo de coragem.
O mundo está a caminhar para experienciar vários e perversos impactos negativos nas mudanças climáticas, a não ser que sejam tomadas rápidas medidas de redução da emissão de CO2. Pelo menos é o que um relatório das Nações Unidas concluiu no passado fim-de-semana.
Cheias, ondas de calor perigosas, problemas de saúde e conflitos violentos são alguns dos riscos que a Humanidade enfrenta, se a temperatura aumentar mais 2º C acima do que os níveis que estavam na era pré-industrial. Porém, a continuar a tendência que se tem demonstrado, continuando a queimar fontes de energia fóssil, as temperaturas devem aumentar entre 3.7º C e 4.8º C até ao fim deste século, alerta o relatório. Este documento, que foi assinado pelos países presentes na Cimeira de Copenhaga, pretende ser um compêndio de todas as evidências comprovadas cientificamente sobre as mudanças climáticas.
O relatório foi desenhado como um guia para que os governantes do mundo possam, em 2015, um ano de intensa actividade política, ter acesso a informação sobre como lutar contra as mudanças climáticas e que irá ser muito útil para a Cimeira de Paris, no próximo ano, onde o tema central será o Ambiente. Apesar deste esforço para agregar todo o conhecimento sobre formas de combater os desafios ambientais, é praticamente garantido que, nesta Cimeira, não irá existir um acordo que ligue todos os governos legalmente ao objectivo de reduzir o nível de gases com efeito de estufa no mundo. Para o fazer, seria necessário alterar drasticamente o sistema energético global, através de uma maior implementação de fontes de energia renováveis, como a eólica, a solar e a térmica. Algo que tem demonstrado ser uma política controversa na maioria dos países.
Existe uma quase cegueira sobre as mudanças climatéricas, por serem encaradas pelos decisores políticos como uma inevitabilidade do crescimento das sociedades. Isso não podia estar mais longe da verdade e este relatório veio demonstrar, com recurso a comprovações científicas, que ainda é possível evitar um futuro terrível, marcado por um planeta Terra destruído pela poluição. É necessário compreender que não é a evitar a tomada de medidas difíceis que iremos reverter o caminho, porque, se as previsões feitas pelos cientistas envolvidos neste relatório, é necessário terminar permanentemente com o uso dos combustíveis fósseis até que as crianças de hoje comecem a usufruir da sua reforma, para evitar uma calamidade ambiental à escala global.
Apesar dos dados estarem apresentados de forma clara, existem ainda países e organizações que se recusam a comprometer com um mundo livre de energias não renováveis. A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo a nível mundial, reclama que estes estudos também deveriam referir os efeitos negativos para a economia, que o abandono da energia fóssil iria causar. Ou seja, em termos teóricos, todos os governos concordam que o aumento da temperatura planetária é um problema que necessita de ser resolvido, mas, no que toca a um compromisso global para limitar as emissões e na forma como o fazer, já não existe nenhum acordo, porque, por exemplo, existem países que não pretendem desperdiçar os recursos que têm no seu solo e que lhes sai mais barato do que as energias renováveis. Países como a Índia, ou a China não irão deixar de usar o petróleo que têm nos seus países, já para não falar da importância que a sua exportação tem para a sua economia.
Segundo os estudos realizados, ainda é possível reverter a tendência destrutiva que estamos a seguir, mas necessitaria que as emissões de CO2 fossem reduzidas com tomada de medidas imediatas. Se não forem tomadas medidas com forte impacto ambiental no mundo todo, até 2020, a possibilidade de redução será muito baixa, isto se for mesmo possível.
Tenho a certeza que na Cimeira de Paris irá existir um consenso geral sobre as necessidades ambientais actuais, mas duvido que o mesmo consenso seja aplicado aos compromissos individuais de cada país e que nenhuma das acções aplicadas pelos governos irá ao encontro do objectivo de uma grande redução no aumento climatérico.
Sabias que Daniel Radcliffe é um rapper de grande gabarito? Claro que ele sabe fazer Rap… é um Feiticeiro de Hogwarts.
Numa paragem promocional do seu novo filme, Horns, o actor passou pelo programa de Jimmy Fallon, onde aceitou o desafio de interpretar uma música dos Blackalicious, “Alphabet Aerobics”, um rap extremamente rápido. Surpreendentemente, o actor mais conhecido por ter dado corpo ao jovem feiticeiro mais conhecido do mundo conseguiu acompanhar a rapidez da batida e dizer correctamente grande parte da letra. É complicado de perceber se Radcliffe realmente adora Rap, ou se simplesmente gosta de fazer exercícios de aquecimento vocal estupidamente difíceis.
Será este o poder secreto que a Escola de Feitiçaria ensinou ao eterno Harry Potter?
A Nostalgia é uma das emoções básicas do ser humano. É uma experiência que é praticamente universal, independentemente da geração a que pertençamos. Com isto em mente, o canal de Youtube SquirrelMonkeyCom decidiu levar o seu amor pelos anos 80 a outro nível e imaginou como seriam os maiores destinos online actuais, se tivessem sido criados nessa época. Se cresceste na época de 80, de certeza que irás apreciar esta viagem estética ao passado.
Então, toca a pousar o iPad, desligar as tuas colonas Bluetooth e põe o Netflix em pausa. É tempo de viajar até à era em que o DOS (Disk Operating System) era o rei dos sistemas de computador e em que aquilo mais se aproximava de um tablet era um Quadro Mágico.
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Boas leituras, Leitores Sombra.