Para juntar ao tempo de incerteza e de medo que vivemos, os debates quinzenais contradizem, a cada dia, os direitos que demoraram tanto tempo a serem adquiridos.
Lutamos largos anos pela igualdade de cidadãos para em pleno século XXI o líder do 4º poder político nacional, o Chega, pedir medidas especiais de contingência para a comunidade cigana. Uma das maiores figuras de poder, Ferro Rodrigues, ironiza o uso de máscaras na Assembleia, pois não poderão “estar mascarados”, desrespeitando, todos os portugueses que são aconselhados a usá-las. A luta pela liberdade de expressão chega a pontos extremos, quando Catarina Martins deseja que a opinião de um político permaneça no lixo. Por agora, terminamos com o primeiro-ministro a usar um trocadilho “o senhor já foi de trivela”, como resposta a André Ventura.
Sem esquecer, a concretização do primeiro de maio, e do “Avante!” por “serem seguidas todas as indicações da DGS”. Enquanto que, dezenas de eventos foram cancelados, sem serem abertas condições especiais para a sua concretização.
Por momentos, a Assembleia da República torna-se mais perigosa do que o Covid-19, com as constantes contradições, acusações e lutas políticas. Os políticos necessitam tomar todos o mesmo rumo, continuar a propor e debater medidas para evitar a crise que se avizinha, e não criarem mais problemas.
A Assembleia da República deve refletir a calma e prudência que pede a todos os portugueses. Mais do que nunca precisamos de sentir que a Democracia continua a existir.