Tudo, ou quase tudo na vida se sustenta numa questão de Educação.
Há mesmo quem defenda que o dilema da Educação pode ser o próprio sistema em si. O que, por um lado, não sendo completamente errado é, contudo, limitador, porquanto existe toda uma questão que ultrapassa a escola, quando se fala no tema Educação.
E mesmo porque por outro lado, não podemos esquecer que diferentes condições de vida condicionam necessariamente a evolução de cada um, e inevitavelmente os caminhos e as opções de vida que se colocam.
Certo também é o facto de que existem muitas crianças/jovens que possuem todas as condições para obter o sucesso escolar e ser consequentemente pessoas de elevado nível educacional, e acabam por ser um derradeiro fracasso, não sendo este resultado necessariamente culpa do sistema, pode mesmo ser inadaptação ou vontade de não ser simplesmente. Há quem não queira nada e não tenha objetivos. E nestes casos não podemos de forma alguma culpar o sistema. Não se consegue ensinar a quem não quer aprender.
No entanto, e apesar de a questão da Educação por si só poder ultrapassar o sistema escolar propriamente dito, este é um tema que acaba por impactar porventura o sucesso escolar dos nossos alunos.
Quer queiramos quer não, as diferenças financeiras que existem na nossa sociedade e que se refletem depois nos estilos de vida dos diferentes alunos que o sistema recebe em cada ano existem e fazem a diferença.
De facto, cada um de nós não está sozinho, nem existimos sós, somos sempre nós e as nossas circunstâncias e inevitavelmente estas acabam por nos condicionar, incentivar ou mesmo alavancar no nosso percurso de vida.
A questão para “um milhão de dólares” é justamente esta, de que forma é que as diferenças económicas influenciam efetivamente os resultados escolares? Eu diria que se as diferenças económicas não forem muito acentuadas, a distinção vai residir sempre na força de vontade e no carácter de cada um.
Quantas histórias de vida se conhecem de quem não teve grandes facilidades financeiras em termos familiares e que acabou por progredir e ascender na vida à conta do seu esforço e muito trabalho.
No entanto, se as dificuldades financeiras forem de facto muito acentuadas, então com toda a certeza podem ser incapacitadoras da aprendizagem e impedir mesmo aquilo a que se designa de uma Educação igualitária para todos.
Essa seria a sociedade ideal em que todos independentemente da sua condição social ou financeira teriam garantidamente acesso às condições necessárias para o perfeito sistema de educação nacional.
Contudo, essa é uma situação que não existe, e até eu que sou por natureza muito positiva e até mesmo sonhadora, pois acredito sempre que desde que se queira tudo pode fazer-se acontecer. Neste caso não partilho essa ideia, porque existem muitos condicionalismos e muitos egoísmos por ultrapassar, que por ventura nem o tempo conseguirá resolver.
Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.
(PITÁGORAS)