Todos os caminhos levaram ao “NOS ALIVE”

Com o inicio do Verão chegam os festivais de Verão. E um dos primeiros foi o NOS ALIVE no passeio marítimo de Algés, em Oeiras.

O presidente da câmara de Oeiras, Paulo Vistas, afirma que a realização deste festival “representa uma aposta ganha”. O festival NOS ALIVE é já considerado um dos melhores festivais de Verão em todo o continente europeu.

A RTP teve uma grande transmissão nos três dias do evento – desde a transmissão dos concertos pela web, ou mesmo pela televisão, como aconteceu com os MUSE, logo no dia 9 de Julho. Porém, alguns dos artistas não permitiram a transmissão da totalidade dos concertos.

Os fãs dos MUSE, que se colocaram bem à frente para não perderem nenhum momento do concerto, tiveram tempo de assistir Ben Harper. O que foi uma excelente oportunidade para os mais jovens que não conheciam o trabalho do americano e, quando chegaram a casa, foram pesquisar mais sobre o músico, que tem um dueto com a cantora brasileira Vanessa da Mata.

O primeiro dia teve como grandes cabeças-de-cartaz os MUSE, que levaram 55 mil pessoas a assistir ao “maior concerto do ano” em Portugal, como alguns o apelidaram, e esgotando a capacidade máxima do recinto. A banda de Matt Bellamy já não atuava neste tipo de festivais há dois anos, mas não deixaram o crédito de banda mundial em mãos alheias. Uma das curiosidades deste dia foi a presença do filho de quatro anos do vocalista, que naquele dia fazia anos.

Do repertório tocaram algumas das suas músicas emblemáticas como “Madness“, “Black Hole“, ou “Uprising“, que levaram os fãs portugueses ao delírio. Outro dos grandes momentos da noite foi quando o vocalista enrolou-se na bandeira nacional, para tocar a música final do espectáculo.

Os Metronomy foram formados em 1999. São uma banda de música electrónica britânica que é composta por Joseph Mount (voz, teclado e guitarra e o fundador da banda), Oscar Cash (backing vocal, teclado e saxofone), Gbenga Adelekan (baixo e backing vocal), Michael Lovett (backing vocal, teclado e violão) e Anna Prior (bateria e backing vocal). O grupo lançou quatro álbuns: Pip Paine (Pay The £5000 You Owe), Nights Out, The English Riviera e Love Letters. A sua reputação foi construída com os seus shows ao vivo, como é o caso daquele que deram no primeiro dia do festival.

Manuel João Vieira, membro dos Ena Pá 2000 e eterno candidato à Presidência da República, também esteve presente num dos palcos secundários do festival.

Os nomes que devem ser destacados, no segundo dia, são:

Os Mumford and Sons atuaram no palco principal, cantando o seu tema mais conhecido “I will Wait“. Uma música do seu álbum de estreia, lançado em 2009, com o título “Shigh no More“.

A artista que se seguiu foi a rapper portuguesa Capicua. Ana é um dos segredos mais bem guardados do hip-hop português. Só agora é que se tornou conhecida do grande público, em parte devido aos temas que têm tocado em algumas das novelas mais vistas da TV em Portugal. Com esta atuação, a artista demonstrou que os festivais de Verão são muito mais do que um conjunto de bandas de rock. Continuando em português e depois de “Namaste“, os Blasted Mechanism voltaram com “Egotronic“. No concerto que deram, tocaram algumas das faixas do novo disco, como “Really Happen“. O espetáculo aconteceu às 18 horas no palco NOS.

Como o “riso é o alimento da alma”, um dos palcos era dedicado à comédia. Herman José, “o verdadeiro artista”, fez rir a bom rir com os seus inúmeros bonecos e a sua inseparável guitarra. No dia 11, os senhores da comédia foram Rui unas e Carlos Moura, que ficou conhecido devido ao programa de stand-up comedy da SIC “Levanta-te e Ri”.

No último dia, estiveram presentes no recinto 52 mil pessoas e os nomes a destacar são:

Azelia Banques, a norte-americana que atuou pela segunda vez no nosso país, encantou pela sua graça e encanto juvenil. Foi acompanhada por um DJ e dois bailarinos.

Chromeo. Este duo musical de Montreal e de Nova Iorque é composto por P- Thugg e Dave 1. O electro-funk do início dos anos 80 colocou os portugueses a dançar.

Chet Faker é da Austrália e tem apenas um álbum editado. Tal como Sam Smith, também ele ascendeu ao palco principal do festival um ano depois de se ter revelado no palco secundário, tendo substituído Stromae.

Dead Combo. Ao final da tarde, entraram em acção os portugueses Dead Combo, que arrancaram uma das melhores prestações que lhes vimos nos últimos tempos. Foram acompanhados por dois bateristas-percussionistas, Tó Trips e Pedro Gonçalves, que atribuíram à sua música uma maior dinâmica rítmica, um impulso mais rock, e o resultado foi um excelente concerto, que culminou com Zorba.

Os Hmb espalharam a magia da boa música soul em Português.

Ao longo dos três dias, segundo a organização, terão passado pelo recinto 155 mil espectadores, notando-se a presença de cada vez mais estrangeiros. Em 2016, o festival realizar-se-á entre os dias 7 e 9 de Julho, marcando a décima edição de um festival que teve início em 2007.

Para o ano há mais.

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