Todo o Dia a Mesma Noite

A madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, cidade do estado de Rio Grande do Sul, no Brasil, mudou a vida de centenas de famílias e ficou gravada na nossa memória, infelizmente não pelo melhor motivo.

Deflagrou um incêndio na Discoteca Kiss, que acabou por tirar a vida a 242 pessoas e deixou 636 feridas. Este incêndio está considerado, no Brasil, como o segundo mais trágico em número de vitimas mortais.

E podemos saber toda essa história na série “Todo o Dia a Mesma Noite”, que está em exibição no canal de streaming Netflix.

A série começa com a festa do 20º aniversário de Mari, que depois de festejar com a família, decide ir com as amigas para a festa na Discoteca Kiss.

Festa essa, que foi organizada por um grupo de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria. E tinha como objetivo angariar fundos para a festa de formatura.

A maior parte das vitimas eram estudantes universitários.

Depois temos o Felipinho, que por morar no campo, queria aproveitar aquela noite ao máximo.

O Guilherme vivia em São Paulo com os pais, e estava em Santa Maria para visitar a irmã.

O Marco queria festejar por tinha regressado depois de ter vivido na Austrália nos últimos quatro anos.

E temos Grazi, que apesar de preferir ficar em casa a estudar, é convencida pelo António, a desligar um pouco da vida académica e aproveitar para viver a vida real.

É uma mini série com apenas 5 episódios, mas apesar de curta, transmite uma enorme angustia, tanto no momento em que tudo se passa, à descoberta dos familiares, à dificuldade dos sobreviventes de voltar à normalidade, e na luta das famílias para conseguirem atribuir responsabilidades.

Sim, porque há responsabilidades a serem atribuídas. Até ao dia de hoje ainda não se tem um veredicto concreto.

O incêndio começa quando o vocalista da banda tem um objeto pirotécnico no pulso e o ao acenar junto do teto da discoteca, o fogo é espalhado por todo o teto.

É aí que a aflição para sair da discoteca começa.

Algumas pessoas vão buscar os extintores, mas estes não estão carregados.

Como havia demasiadas pessoas dentro do espaço, alguns desorientaram-se e foram para a casa de banho, outros caíram e ficaram no chão. Mesmo alguns dos que conseguiram sair, ao chegar ao hospital não sobreviveram, devido à inalação dos gases emitidos pelo queimar do material (ilegal) que forrava o teto.

A partir daqui começa toda uma caça às bruxas. Os pais das vitimas mortais tentam , encontrar os culpados. Até politicos estão envolvidos, por terem dado a licença ao espaço sem que o mesmo estivesse totalmente legal para poder receber festas deste tipo.

É uma série que me deixou de coração muito apertado desde o primeiro segundo.

Curiosidade: Sabe-se que no mês de julho deste ano (2024) foi concluída a demolição da discoteca Kiss.

Não me vou alongar mais e deixo-vos com o trailer para que possam ter alguma curiosidade para assistirem à série.

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico.

Share this article
Shareable URL
Prev Post

O que te salva?

Next Post

Frances McDormand

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Read next

O Jogo da Pedra

Querer gostar ou tentar mostrar que se gosta de toda a gente à nossa volta mais do que hipocrisia é uma utopia.…

A palavra mais fácil

Pedir desculpa é um acto, na maioria das vezes, de empatia, de humildade. É preciso ser-se grande o suficiente…