Pai

No dia 19 de Março, uma homenagem aos pais e às mães, aos que educam e dão amor. Chamemos-lhes pais, a todos.

Ser pai poderá e deverá ser, importar-se e pôr o filho sempre à frente de si mesmo, na maioria das vezes. Mesmo quando parece que não o faz, que não faz o seu bem, que está a ser mau, o pai está a sê-lo para o filho. Não será assim com todos os pais, há quem tenha de fazer de pai sendo filho, ou quem nunca os tenha conhecido. Ou a quem seja recusado o estado de filho, recusando-se o pai a ser pai, mas a verdade é que quem tem essa fortuna, sabe, quer e conta com a ajuda dos pais.

O seu estado de amor é incondicional, quando sente que há outrem a quem não pode falhar. Ou quando se é filho e se ultrapassam todos aqueles traumas que os pais tão bem sabem provocar, se devolve a dádiva, quase parecendo igualar essa incondicionalidade. Porém, tal parece-me apenas possível, quando o filho se torna pai.

Esse estado de dádiva, de viver para o outro, no limite do esquecimento de si, é algo que se encontra em algumas profissões, podendo ser também um traço de personalidade. No que me é dado a ver é uma característica ampla, sobretudo, dos pais, sejam eles verdadeiros, ou adoptivos. Os pais são como as árvores. Parece que estão sempre ali, mas há um dia em que já não estão. E esse é um dia temível, em que estamos desprotegidos, que já não temos quem nos assiste incondicionalmente e se importa, porque poucas pessoas se importam connosco como os pais.

dia do pai

 

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