Fui ver, com os meus filhos, a longa-metragem de animação «O Rei dos Reis», realizada por Seong-ho Jang.
O filme começa com a realidade de uma família em que um dos filhos, um pirralho irrequieto com uma grande imaginação, cujas traquinices e energia sem fim, perturbam o pai e o seu trabalho de escritor. Não um escritor qualquer, mas sim o romancista inglês mais popular e humano da era vitoriana – Charles Dickens.
Nascido no dia 7 de fevereiro de 1812 (curiosamente, no mesmo dia e mês do que eu), faleceu no dia 9 de junho de 1870. É reconhecido hoje como o primeiro escritor com verdadeira projeção global.
O filme explora a relação entre o lendário escritor e o seu filho, Walter, cujo laço precisava ser restabelecido.
Na esperança de diminuir a distância entre ambos, o pai conta-lhe, com verdadeiro entusiasmo, a história da vida de Jesus Cristo, conseguindo, assim, captar a sua atenção e admiração.
Com estreia em época de celebração da Páscoa, não podia vir mais a propósito.
Relembra-nos a importância de continuarmos a dar atenção aos nossos filhos, agora, numa época ainda mais difícil em que temos de competir com a era digital, a era das redes sociais, dos resultados rápidos, dos videojogos, do ChatGPT e da Inteligência Artificial.
Ler um livro, encenar uma história e parar a nossa vida acelerada para atender aos pequenos é um desafio cada vez mais difícil. Ensiná-los, instruí-los, estimular a sua criatividade e fazê-los pensar é tarefa árdua. Mas é uma das formas saudáveis de estimular e fortalecer a união e o amor entre pais e filhos.
Quanto à vida de Jesus, o seu exemplo, paciência e, acima de tudo, o seu amor, faz-nos pensar e ser gratos. A história está fantasticamente fiel às Escrituras Sagradas.
Como cristã e crente, emocionei-me algumas vezes. Não que seja difícil.
O nascimento, a vida e a morte do Rei dos Reis envolve a nossa história, o nosso passado, o presente e o futuro.
Aconselho que seja visto por toda a família, está lindo!